O goleador Osvaldo Tavares Oliveira, “Figo”, futebolista cabo-verdiano a militar no futebol profissional em Angola, almeja por um lugar na seleção, por sinal uma posição onde se notou uma carência nos “Tubarões Azuis”, na fase final do CAN’2015.

Referenciado no Girabola, campeonato angolano, como “O Matador” dado a forma como este possante avançado dos seus 28 anos consegue desfeitear os guarda-redes, o atleta nascido e criado no concelho de Tarrafal de Santiago revelou à Inforpress que continua a sonhar em vestir as cores nacionais, mas que tardam a surgir uma oportunidade.

Futebolista com grande presença na área, dotado de boa compleição física, bom poder de remate e faro próprio para o golo, Figo está a jogar futebol profissional em Angola há um ano e meio, tendo já representado as cores do 1º de Agosto, clube com o qual chegou ao título de vice-campeão, logo na sua primeira temporada no solo angolano.

Atualmente representa o Recreativo de Caála, clube pela qual este avançado que joga tanto nas extremidades, como nas alas (esquerda e direita) rubricou um contrato de dois anos.

Figo chegou a Angola depois de uma passagem por equipas portuguesas de Tourizense e Oriental, tendo sido distinguido como o segundo melhor marcador da segunda B com 14 golos.

Mas antes de viajar para as terras lusas, o atleta dos seus 1,80 metros e 80 quilogramas patenteou a sua classe no futebol de Cabo Verde, ao serviço do Sporting da Praia e da Académica, tanto nas provas regionais como no nacional da modalidade.

Orgulha-se pelo facto de ter ajudado o Sporting da Praia a conquistar o campeonato de Santiago Sul, foi vice-campeão de Cabo Verde pelos leoninios, e levou a selecção de Santiago à conquista da Taça Independência - Torneio Inter-ilhas - prova pela qual conquistou, o título do Rei dos Goleadores.

A sonhar por uma chamada na seleção de futebol de Cabo Verde, Figo disse que continua “a trabalhar no duro para fazer do futebol a sua modalidade de eleição”, esperançado de algum dia “vier a merecer” a confiança da equipa técnica, para “envergar as insígnias da equipa nacional”.

“Estar na seleção de Cabo Verde foi e continua a ser o meu grande sonho, estou sempre à espera, mas nunca surge uma oportunidade para lá estar entre os eleitos”, desabafa o futebolista que iniciou as pisadas no mundo do futebol com as cores da modesta equipa do Beira-Mar de Chão Bom, na sua terra natal.

O atleta, que continua a acompanhar o desenvolvimento do futebol cabo-verdiano, tanto a nível de clubes, como no panorama internacional, através da seleção, está rendido a forma como a equipa nacional vem granjeando espaços no futebol africano e a nível da FIFA.

Acredita que tem potencialidades para ajudar a selecção crioula a ganhar, cada vez mais, o seu espaço no futebol internacional e está convicto de que mais dias, menos dias, poderá ingressar na lista dos eleitos da equipa técnica para melhor servir o país na alta-roda do mundo do futebol.

Formado no Beira-Mar de Chão Bom, clube pelo qual entrou pela mão do treinador Poito, Figo representou ainda as cores das equipas tarrafalenses do Estrela dos Amadores e do Barcelona, tanto nas provas regionais, como nacionais.