A praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi ontem palco de uma emboscada realizada por adeptos do Fluminense aos muitos apoiantes do Boca Juniors que se encontravam na 'fan-zone' dedicada à final da Taça Libertadores que terá lugar amanhã no Maracanã.

Relatos de alguns adeptos argentinos referem que os apoiantes do Fluminense roubaram e destruíram vários objetos que tinham trazido.

"Levaram-me carteira, passaporte, dinheiro, não têm vergonha", disse um adepto do Boca.

Apesar das várias imagens divulgadas nas redes sociais, e que demonstram os assaltos e atos de violência por parte dos adeptos do Fluminense, a polícia carioca ter-se-á referido ao sucedido como apenas "agressões entre adeptos"

Contudo, e de acordo com a imprensa argentina, a intervenção das forças policiais (balas de borracha e gás lacrimogéneo) ocorreu dez minutos após tudo ter começado e terá incidido particularmente sobre os adeptos argentinos, isto porque, segundo a mesma fonte, os apoiantes do Fluminense já tinham abandonado o local.

O 'modus operandi' da polícia do Rio de Janeiro foi alvo de muitas críticas por parte dos jornais argentinos. O jornal 'Olé' apontou para o alegado historial que as forças policiais cariocas têm no que diz respeito ao tratamento dado a adeptos estrangeiros.

"Mais uma vez, vergonha para o Brasil (...) Há menos de quinze dias, alertámos para que se desconfiasse da polícia brasileira. Já era um dado adquirido que o Rio seria invadido por um número extraordinário de adeptos do Boca, e o historial do tratamento dado aos estrangeiros que iam disputar taças continentais no Brasil era preocupante. Agressões, emboscadas e intervenções desproporcionais, virulentas e tendenciosas das forças de segurança resultam invariavelmente em ferimentos e detenções", escreve o jornal.

Na sequência destes incidentes, a CONMEBOL está a ponderar realizar a final da Taça Libertadores à porta fechada.