Pedro Proença, que domingo dirige a final do Euro2012 de futebol entre a Espanha e a Itália, sublinhou hoje a vontade de “provar em campo a qualidade da arbitragem portuguesa”.

«Representamos a qualidade da arbitragem portuguesa e espero prová-la domingo em campo. Mostra o trabalho que temos feito no país durante estes anos. Sinto-me satisfeito e sei que este sentimento é partilhado por todos os árbitros portugueses. Vou representar Portugal, domingo», congratulou-se.

«Vários fatores motivaram a minha chegada ao topo com 41 anos. Sinto-me realmente satisfeito e privilegiado. Domingo, vou tentar honrar o meu trabalho, fazer o melhor possível e partilhar a alegria com os meus colegas de equipa», acrescentou.

O juiz lisboeta admite a «honra e privilégio» de ter sido nomeado, lembrando que «para qualquer árbitro é um dos melhores momentos da carreira».

«É um sinal do reconhecimento pelo trabalho feito neste torneio, o que nos provoca uma felicidade que tem de ser partilhada com os dois finalistas», vincou.

Pedro Proença partilhou o mérito com a sua equipa, composta ainda por Bertino Miranda, Ricardo Santos, Jorge Sousa e Duarte Gomes.

«O árbitro é apenas o rosto de uma equipa. Sem estes homens fantásticos nada podia fazer. São os que, no fim de cada dia, me apoiam e dão confiança para decidir o que é melhor. Domingo será um prémio que será partilhado por muita gente, mas, mais do que tudo, pelas pessoas que estarão comigo no relvado».

O facto de já ter dirigido vários dos intervenientes na final facilita a tarefa do árbitro português, que destaca o «comportamento um pouco diferente das pessoas de origem latina, com uma linguagem corporal que nos faz compreender mutuamente».

Entendo o comportamento dos jogadores e eles o do árbitro. Sob este ponto de vista, é mais fácil para mim», explicou, recordando ainda a vantagem da «linguagem universal do futebol».

Pedro Proença, que termina a prova com quatro jogos dirigidos, fala de uma «experiencia fantástica» no Euro2012, destacando o «comportamento de todos os jogadores».

«Demonstraram um fair-play fantástico. Isso mostra o respeito que têm pelos adeptos, a multidão e as pessoas que os estão a ver na televisão. União e respeito, aquilo que as pessoas merecem, foram defendidos pelos jogadores», concluiu.