O vice-presidente do 1º de Maio de Benguela, Rui Araújo, manifestou-se descontente com a prestação dos jogadores do plantel ao fim da sétima jornada do Girabola 2014 e ponderou avançar com cortes nos salários, caso se mantenha a postura em campo.

Em declarações à imprensa sobre o desempenho do 1º de Maio, Rui Araújo lamentou o facto dos futebolistas não estarem a jogar com alegria, apesar de auferirem os salários com normalidade. Face à situação, o dirigente diz ter proposto aos demais membros da direcção da agremiação cortes nos salários como medida punitiva, a título excecional.

“Nunca se fez isso no 1º de Maio, mas eu já propus aos meus colegas da direção que vamos cortar os salários aos jogadores para eles aprenderem, porque não jogam”, frisou, notando que jogar futebol requer alegria para que os resultados apareçam.
O dirigente admitiu que dentro de campo os jogadores estão a apresentar pouco todo o potencial e referiu, em jeito de recado, que para se vestir a camisola do 1º de Maio tem que se ter futebol nos pés, alegria e espírito de luta.
O vice-presidente proletário não excluiu o treinador demitido Paulo Saraiva deste processo, salientando que “há muita gente culpada pela fraca prestação do conjunto”, daí as decisões tomadas pelo clube como a mudança no comando técnico.
Na ocasião, Rui Araújo também assumiu “mea culpa” pela contratação de Paulo Saraiva, afirmando que o futebol dos proletários entrou em decadência desde então e prova disso são os maus resultados. “Como é que não se ganha uma equipa que está em último lugar?”, comentou, questionando-se a respeito do desaire do 1º de Maio, por 0-1, diante do Benfica do Lubango que à entrada da 7ª jornada era o lanterna vermelha.
“Como é que não ganha em casa? É uma desilusão esta contratação [de Paulo Saraiva] ”, analisou, afirmando que o futebol do clube estava de tal modo estagnado que o risco de descida de divisão já começava a assombrar os proletários e os adeptos.
A derrota para o Benfica do Lubango acabou por provocar a demissão de Paulo Saraiva, substituído por Agostinho Tramagal que assumiu o 1º de Maio com a missão de tentar tirar a equipa da 14ª posição, com apenas quatro pontos, após cinco derrotas, uma vitória e um empate.