O coordenador da Comissão de Gestão do União Sport Clube do Uíge, Nzolani Pedro, demonstrou indignação em relação à Federação Angolana de Futebol (FAF).
A razão por trás do descontentamento deveu-se à retirada de pontos à equipa uigense no Girabola 2014, como também ao suposto caso da utilização ilegal de dois atletas, Pedro Ludokoli da própria equipa e Paulo Bunga, do Interclube.

“O referido atleta [Paulo Bunga] era nosso até à última jornada da primeira volta, mas depois transferiu-se para o Interclube no segundo turno. Só que quando saiu do União trazia consigo dois cartões amarelos e, na 17.ª ronda, ele foi admoestado com o terceiro cartão amarelo. Quando isso acontece, o jogador deve cumprir suspensão por um jogo ao abrigo dos regulamentos, mas isso não ocorreu com Gildo Bunga. Daí o nosso protesto”, afirmou o coordenador.

De acordo com o Rede Angola, os pontos retirados à União do Uíge não obedeceram ao que está estipulado no regulamento, pois nenhum clube fez chegar junto da FAF um protesto em relação ao assunto.

“O que se sabe, é que alguém dentro da FAF pressionou o Conselho de Disciplina para que se penalizasse o União do Uíge. O Sporting de Cabinda, contrariamente ao que se alega, em momento algum apresentou qualquer protesto”, disse uma fonte da federação ao Jornal dos Desportos.

Para além disso, a má utilização de Ludokoli diz respeito à primeira-volta, entretanto homologada, o que faz com que a suspensão já não surta efeito.
“Devemos perceber que não se trata de má qualificação de um jogador, no caso do União do Uíge, mas de utilização irregular. Logo, em momento algum deviam ser retirados pontos à equipa do Uíge, pois a primeira volta do campeonato há muito tinha sido homologada”, confessou a mesma fonte.

A utilização de Ludokoli custou seis pontos ao União do Uíge, punido com derrotas nos jogos frente a Sporting de Cabinda (13.ª jornada), Progresso do Sambizanga (21.ª), Recreativo da Caála (22.ª) e Petro de Luanda (20.ª).