Podia ter sido uma jornada de esperança para o Real Madrid, com o duelo entre Barcelona e Atlético de Madrid a significar uma possível aproximação ao topo. Porém, o dececionante empate na receção ao Espanyol – com Simão a titular - pode ter significado o adeus definitivo ao título pelos merengues.

Com Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão no onze inicial, o Real Madrid entrou bem e começou desde cedo a pressionar os ‘periquitos’. Ronaldo era o elemento mais ameaçador e o golo parecia cada vez mais uma questão de tempo. E assim foi, mas não na baliza que se esperava. 

Sergio Garcia fugiu pelo meio da defesa do Real num rápido contra-ataque e atirou forte e colocado para o golo do Espanyol, quando estavam decorridos 31 minutos.

Apesar do golo sofrido, os merengues mantiveram a pressão, embora sem a fluidez e inspiração de outros jogos. Porém, conseguiram o empate em cima do intervalo, graças ao instinto de Ronaldo, que se antecipou à defesa dos catalães e desviou com inteligência o cruzamento de Khedira.

Na segunda parte o Real Madrid não abrandou e Coentrão carregou no acelerador para dar vantagem à sua equipa, concluindo aos 48’ o 2-1, após uma boa assistência de Ronaldo. Uma reviravolta com sotaque português no Bernabéu.

No entanto, a equipa de José Mourinho perdeu a concentração na reta final da partida e o futebol desconexo deu esperança ao Espanyol. A formação de Javier Aguirre soube manter a concentração e sagacidade para ser feliz aos 88 minutos. Após uma jogada confusa na área, Albín remata para o empate final.

O Santiago Bernabéu despediu-se do Real Madrid com uma enorme assobiadela e o sentimento de ter visto o último fôlego da equipa na luta pelo título. Caso vença hoje os colchoneros, o Barcelona pode elevar a sua vantagem para 13 pontos.