O treinador do Valência, Nuno Espírito Santo, deu uma extensa entrevista ao jornal espanhol "Marca" onde falou da sua experiência no país vizinho e na Liga BBVA, onde foi eleito como o melhor treinador do mês de feverieiro. O técnico está feliz em Valência e quer convencer os que duvidam de si acerca das suas capacidades.

"Para mim é um prazer e uma honra treinar aqui. Entendo que muita gente ficou surpreendida com a minha chegada e entendo que não posso agradar a todos, mas estou convencido que conseguirei ganhar o respeito e a admiração de todos", afirmou o técnico.

O técnico reafirmou a vontade de apenas fazer parte de um grupo onde terá principalmente uma função orientadora.

"Não quero ser o Nuno, isso é demasiado pretensioso. Eu quero ser parte de uma equipa, não alguém que determina, quero orientar mais do que dirigir. Não há um Valência de Nuno. Se fizemos algo que ficará para a nossa história é algo de todo o plantel, em que todos se vejam reflectidos nela. O futebol e o jogo em si não podem ser isolados".

Nuno Espírito Santo justificou o quarto lugar que a equipa ocupa atualmente com a capacidade dos seus atletas e o "espírito de grupo" da equipa espanhola.

"[Prefiro] Que a equipa compita bem. O Valência compete. Competir e ganhar, jogar é passar bem o jogo. O que vejo é um espírito de equipa muito forte. Todos estão comprometidos e são solidários. Pensem no que é o espírito da nossa equipa. Está claro que cuidamos disso de forma particular".

O antigo treinador do Rio Ave mostrou ter a mesma linha de pensamento da direção do emblema "ché" e revelou que o seu trabalho é fazer com que os sonhos dos outros sejam concretizados.

"[O sonho da direção é] Ver o Valência a competir com os melhores do mundo. Estar na elite", acrescentando depois: "Eu tenho objetivos. Sonho cumprir os objetivos propostos e os sonhos dos demais, os da direção, os dos jogadores e os dos adeptos. Esse é o meu trabalho", atirou.