O governo espanhol aprovou hoje um decreto que prevê a centralização dos direitos de televisão no futebol, uma exigência recorrente dos clubes de menor dimensão do campeonato que temem pela sua sobrevivência.

O diploma vai permitir à Liga espanhola negociar um montante global, repartido depois entre os clubes por três épocas, explicou o ministro da Cultura e dos Desportos espanhol, José Ignacio Wert.

Ao contrário do que sucede nas principais ligas europeias, em Espanha cada clube tem negoceia individualmente os direitos televisivos, beneficiando sobretudo o Real Madrid e o FC Barcelona e criando “um enorme desequilíbrio de receitas”, de acordo com o governo.

Os direitos de televisão no futebol espanhol ascenderam a 784,6 milhões de euros na época 2013-2014, de acordo com o último relatório do Conselho Superior de Desportos, receita que a Liga espera poder crescer para mil milhões de euros com o novo sistema.

O novo sistema, que deverá entrar em vigor na temporada 2016-2017, prevê a canalização para as equipas de 90 por cento dos direitos.

Metade da receita será repartida de forma igual pelos clubes da primeira divisão e os restantes 50 por cento serão atribuídos em função dos resultados das equipas e das receitas próprias.