A procuradoria anticorrupção espanhola pediu hoje prisão preventiva, sem fiança, para o presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e para o seu filho, por eventual prejuízo de cerca de 45 milhões de euros ao organismo.

As procuradoras Inmaculada Violán e Esther González pediram ainda ao juiz Santiago Pedraz que, além de José Maria Villar e seu filho, Gorka Villar, determine igual medida ao presidente da federação de Tenerife, Juan Padrón.

Segundo revelaram à agencia espanhola EFE fontes judiciais, Angel Maria Villar foi questionado sobre as operações verificadas entre a RFEF e a empresa Santa Mónica Sports, bem como sobre o seu patrimómio e questões de índole profissional.

Fontes judiciais disseram ainda à EFE que, depois de cumpridos os trâmites para a adoção das medidas cautelares, o juiz da Audiencia Nacional vai decidir se decreta a pena de prisão.

Angel Maria Villar, o seu filho e os outros dois detidos nesta operação - Padrón e o secretário da federação de Tenerife, Ramón Hernández Bausson - foram transferidos esta manhã pela 'Guardia Civil' para a sede da Audiencia Nacional, depois de terem sido detidos na terça-feira.

Com 67 anos, Villar, que lidera o futebol espanhol há cerca de três décadas, e os restantes detidos são suspeitos de administração desleal, apropriação indevida, corrupção entre particulares, falsificação de documentos e ocultação de bens, crimes relativos à organização de partidas internacionais.

Em causa estão alegados benefícios concedidos a empresas do filho de Ángel Villar, relacionados com jogos internacionais disputados pela seleção espanhola de futebol com outras equipas congéneres.