A Federação Italiana de Futebol (FIGC) tem um plano para ajudar o Parma a terminar o campeonato, apesar do risco de falência que corre, explicou hoje o presidente da Federação, Carlo Tavecchio.

“Temos um plano, já aplicado a alguns clubes da Serie A (primeira divisão), e no domingo o Parma vai jogar”, disse Tavecchio, à saída de uma reunião com o presidente da Câmara daquela cidade, Federico Pizzarotti.

A FIGC poderá solicitar ajuda financeira à Liga profissional para auxiliar o Parma, estando prevista uma reunião na sexta-feira na sede da Liga em Milão para debater a situação do clube dos portugueses Varela e Pedro Mendes, que corre o risco de não terminar o campeonato por falta de meios.

No entanto, a FIGC já fez saber que não irá permitir um terceiro adiamento no domingo, na partida contra o Atalanta, da 26.ª jornada da Liga, depois de ter aceitado adiar os dois jogos anteriores do Parma, contra a Udinese e o Génova.

O presidente da Câmara, Frederico Pizzarotti, estimou que existem 50 por cento de hipóteses de que a partida com a Atalanta venha a disputar-se.

A situação de banca rota do Parma, um clube centenário, que venceu três taças europeias nos anos noventa, poderá ser pronunciada a 19 de março próximo pelo Tribunal de Parma, o que a acontecer será a segunda vez em dez anos, depois do escândalo da Parmalat, antiga empresa proprietária do clube.

O atacante uruguaio Cristian Rodriguez, contratado na janela de transferências de inverno, apesar da dívida, prestou declarações ao canal de televisão BelnSport, qualificando a situação que o clube vive como “inacreditável”.

“Os meus colegas não recebem salários há sete meses, é uma vergonha. O mesmo se passa com o treinador e os seus adjuntos, com o cozinheiro e com todos os que trabalham no clube. Se os jogadores têm outros meios para fazer face a essa situação, para os funcionários é muito difícil”, rematou o jogador uruguaio.