A FIFA anunciou que o Campeonato do Mundo vai ser expandido de 32 para 48 seleções e realçou as novas alterações que vão ser impostas à prova que reúne equipas de todo o globo na luta pelo troféu de campeão do Mundo. Em prol de todas as alterações ao modelo, as regras vão mudar com muitas novidades a partir de 2026.

A alteração dominante é o aumento de representantes de cada continente. A inclusão de mais equipas aumenta o número de seleções vindas dos quatro cantos do Mundo. Esta mudança beneficia o continente africano que é que sofre o maior aumento em termos de equipas em prova.

Atualmente, África conta com cinco representantes, mas esse número vai aumentar para nove. Na América do Sul o número de equipas está fixado nos 4/5 (dependente do play-off com a Oceânia) e aumenta para 6/7. Já no continente europeu, a tendência mantém-se com um aumento de três vagas 'europeias' no lote de seleções que vão disputar o Mundial 2026.

O aumento de número de seleções aumenta, por consequência, o número de encontros necessários para apurar quem vai ser coroado Campeão do Mundo. O novo modelo de Campeonato do Mundo prevê 80 jogos até à grande final, mas sem aumentar o número de dias de prova. Com efeito, Gianni Infantino revelou que o Mundial’ 2026 vai ser uma prova de 32 dias com os 80 jogos supramencionados.

Da organização para o jogo em si


Com todas as inclusões e aumentos retificados, os jogos em si também vão sofrer alterações. O modelo atual de fase de grupos com quatro equipas em que os dois primeiros são apurados foi descartado e substituído por um modelo de 16 grupos de três equipas apenas em que os dois primeiros passam para a próxima fase.

As alterações aos jogos promovidas por Infantino não se ficaram por ai. Presidente da FIFA 'aboliu' os empates na competição. Em caso de igualdade nos 90 minutos, o encontro vai diretamente para a marcação de grandes penalidades. De acordo com a FIFA, o objetivo passa por evitar combinações de resultados e promover a competitividade.

Perante o aumento do número de seleções em competição, o Mundial de 2026 vai implicar um maior esforços físico por parte dos jogadores que estiverem em prova. Para além de haver menos intervalo entre cada encontro de modo a incluir os 80 jogos em 32 dias, o percurso até à final vai contar com mais uma etapa.

No último Mundial, Brasil 2014 vencido pela Alemanha, a equipa germânica necessitou de vencer sete jogos para levantar o troféu na final frente à Argentina. Em 2026, o vencedor terá de cumprir oito jogos devido à introdução de uma fase de 16-avos de final.

Votado em unanimidade, mas sem apoio total

A decisão da FIFA foi aprovada por unanimidade pelo Conselho que substituiu o Comité Executivo, mas trouxe comentários diferentes por parte de algumas das federações de futebol espalhadas pelo Mundo. Enquanto na Alemanha surgiram críticas pela voz de Karl-Heinz Rummenige, CEO do Bayern Munique, a Federação Portuguesa de Futebol aplaudiu o alargamento uma vez que não vai colocar mais esforço aos jogadores durante o resto do ano. As manifestações continuam a ser conhecidas com mais federações a favor do que contra o alargamento.

Na apresentação das alterações do alargamento do Campeonato do Mundo em Zurique, na Suíça, Gianni Infantino, Presidente da FIFA, realçou a importância deste momento para dar asas ao sonho de muitas nações.

"O futebol é mais do que a Europa e a América do Sul. Este alargamento permite que um maior número de países tenha a hipótese de sonhar. Esta solução traz benefícios sem aspetos negativos", afirmou.
Entre 'sonhos' e a espera por 2026 estão marcadas mais duas edições do Campeonato do Mundo da FIFA seguindo as 'regras antigas'. Em 2018 vai ser a Rússia a receber a prova enquanto a edição de 2022 está marcada para o Qatar.