Quarenta jogadores que representaram o Brasil em Mundiais de futebol receberam o prémio de 100 mil reais (32,8 mil euros) previstos pela Lei Geral da Copa, divulgou hoje a organização não-governamental Contas Abertas.
De acordo com a ONG, a Lei prevê o pagamento a jogadores titulares e reservas das seleções brasileiras campeãs dos mundiais de futebol de 1958, 1962 e 1970.
Ao todo, os valores pagos pelos prémios atribuídos aos jogadores já chegam a quatro milhões de reais (1,3 milhões de euros), segundo a Contas Abertas.
Edson Arantes do Nascimento (Pelé – campeão em 1958, 1962 e 1970), Carlos Alberto Torres (1970), Emerson Leão (1970) e Hideraldo Luiz Bellini (1958 e 1962) estão entre os jogadores que já receberam o prémio.
Dos 15 jogadores que já faleceram, o Ministério do Desporto já fez o pagamento a familiares de quatro deles.
Ao todo, 52 jogadores vencedores nessas competições devem receber o prémio, que terá um custo final para o Governo brasileiro de 5,2 milhões de reais (1,7 milhões de euros).
Eduardo Gonçalves de Andrade (Tostão), campeão com a seleção brasileira em 1970, recusou o prémio.
A Lei Geral da Copa - que tem como objetivo regulamentar todos os temas relacionados com o Mundial de futebol de 2014, que se realiza entre junho e julho, no Brasil - também estabeleceu um pagamento especial mensal para jogadores sem recursos ou com recursos limitados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) brasileira argumentou que, embora o objetivo da medida tenha sido o de recompensar ex-jogadores por conquistas esportivas nacionais históricas, a concessão dos benefícios é inconstitucional.
No início de maio os juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram, por 10 votos contra um, a ação de inconstitucionalidade proposta pela PGR contra disposições da Lei Geral da Copa.