Só FC Porto, líder da Liga portuguesa de futebol, e o Benfica, segundo classificado e campeão em título, marcaram mais golos com o pé esquerdo do que com o direito, nas primeiras 14 jornadas.

Dos 270 golos marcados nos 112 jogos já disputados, 51,8 por cento (140 golos) confirmam esta tendência e foram marcados com o pé direito, mas os dois “rivais” fogem à norma.

O FC Porto, que detém o melhor ataque e a melhor defesa da prova, conta 32 golos marcados, 14 com o pé esquerdo, 13 com o direito, quatro de cabeça e beneficiou ainda do golo na própria baliza de João Aurélio (Nacional).

Os “dragões” são batidos pelo Benfica e pela Académica nos golos de cabeça (sete) e pelo Sporting nas finalizações com o pé direito (17).

A maioria das concretizações dos “dragões” resultou de jogadas de envolvimento ofensivo (23), três de bolas paradas ou reposições de linha lateral e cinco de grande penalidade.

Apenas a União de Leiria converteu tantos “penaltis” como o FC Porto, enquanto o Rio Ave, com sete golos na marcação de livres, o Benfica e o Nacional, com quatro tentos após cantos, superam o líder da prova.

No entanto, é o Sporting de Braga que melhor aproveita as bolas paradas (10 golos), conseguindo uma eficácia contrastante com o desacerto do Vitória de Setúbal, que apenas conseguiu um tento após uma bola parada.

Ineficaz é também o jogo aéreo do Sporting, que ainda não deu nenhum golo aos “leões”, tal como os pés esquerdos dos jogadores do Olhanense, apesar do pior ataque pertencer à “lanterna vermelha” Naval 1.º de Maio (sete golos).

No capítulo defensivo, o FC Porto ainda só sofreu golos de pé direito, três de bola corrida, um de livre e outro de grande penalidade, garantindo a liderança em quase todos os parâmetros.

Nos tentos destros, os “dragões” foram desfeiteados tantas vezes quanto Benfica e Marítimo e apenas são batidos pela praticamente intransponível União de Leiria nas bolas paradas – os leirienses só foram batidos pelo bracarense Mattheus na sequência de um canto.

Também na defesa, a Naval 1.º de Maio surge em destaque pela negativa, com a pior defesa (27 golos), sendo a mais batida por golos obtidos com o pé direito (16), de grande penalidade (6) e encontra apenas rival no Portimonense nas bolas paradas (12).

A formação de Portimão é também a mais batida na marcação de livres (cinco) e nos remates com o pé esquerdo (seis), mas aqui em igualdade com o Sporting e o Sporting de Braga, enquanto a Académica é a mais permeável no jogo aéreo (dez), anulando o bom registo ofensivo no jogo de cabeça.

Nos golos menos ortodoxos, o Nacional é o mais concretizador, com o golo de Filipe Lopes com o peito na primeira jornada e com a finalização de Nuno Pinto depois de o guarda-redes da Naval 1.º de Maio ter rematado contra o seu corpo (13.ª).

O emblema da Figueira da Foz comanda nestes tentos imprevisíveis, porque a este “deslize” de Jorge Baptista junta-se o golo de Cadu, do Olhanense, com a coxa.

Mais insólito, só mesmo o tento do “leão” Vukcevic frente ao Vitória de Guimarães, em que a bola bate na trave e não entrou na baliza.