Em entrevista ao jornal O Jogo, Marat Izmailov confessa que «se Couceiro não tivesse intervindo, (…) hoje já não seria jogador do Sporting, porque a linha de orientação era outra». E fez ‘as pazes’ com o médico do clube.

«José Couceiro sugeriu que não fazia sentido eu recuperar fora do clube, quando tinha contrato com o Sporting e criou condições para a minha reintegração. Começámos a falar, tive então várias conversas com o médico, esclarecemos tudo em nome dos superiores interesses do clube e promovemos a reconciliação. Fiquei feliz, porque Gomes Pereira é uma pessoa inteligente e compreendeu-me», frisou o russo, que foi operado na Alemanha.

A operação ao joelho direito, a segunda, deixou-o com o receio de nunca mais jogar. «Tinha receio sim, mas não fiquei em pânico, nunca me rendi, nunca me senti derrotado. Dei a volta com um trabalho quase diário que se mantém. Tinha a perfeita noção de que se atirasse a toalha ao chão, estava tudo perdido e a esta hora poderia estar acabado, morto para o futebol».

Marat foi reintegrado em Fevereiro, um dia depois da dispensa de Costinha, «uma coincidência apenas». Nunca, e quis «deixar claro, «houve o desejo que as pessoas se demitissem». A única coisa que Marat pretendia era «lutar para que o Sporting tivesse resultados, vitórias».

«Para mim não foi uma surpresa. Mesmo não tendo uma noção precisa do que os média noticiavam, percebia e sentia a pressão e o descontentamento que existiam no universo do Sporting», explicou.

Agora, e desde que a direcção de Godinho Lopes tomou posse, nas conturbadas eleições de 26 de Março de 2010, a vida de Izma no clube de Alvalade voltou a ganhar folgo. Renovou e Carlos Freitas foi decisivo nesse acto.

«Carlos Freitas esteve ligado à minha contratação. Foi tudo mais simples, pois sabia com quem estava a falar. Isso foi determinante na assinatura de um contrato com novos pressupostos», disse.

Izmailov considerou, também, que o urgente no Sporting e na equipa era a «estabilidade», algo que a nova direcção parece ter trazido.

«Vê-se isso desde o primeiro dia em que chegaram, já fizeram muita coisa e já há resultados à vista. Quando falo de equipa também falo deles», sublinhou.

Para a nova temporada, só tem um desejo: «Ser campeão pelo Sporting: nada mais me motiva».