O treinador do FC Porto, Vítor Pereira, admitiu esta quarta-feira que «gostava de ver o Santa Clara na Liga portuguesa de futebol» e que foi o «único amargo» que levou depois de ter estado duas épocas aos comandos da equipa da Liga de Honra.

«Levei o amargo de não ter tido capacidade de ter colocado esta equipa na I Liga, porque esta ilha bem merece, este povo bem merece. Acredito sinceramente que este ano com a ajuda de todos o Santa Clara pode fazer um grande campeonato e poderá eventualmente conseguir aquilo que eu não consegui», disse Vítor Pereira.

O treinador do FC Porto, que saiu do Santa Clara em junho de 2010 para ser adjunto de André Villas-Boas, admitiu estar «muito satisfeito» com o regresso à ilha de São Miguel, onde agora está o seu cunhado Luís Miguel como técnico da formação de Ponta Delgada.

«Aquilo que eu desejo para mim é o mesmo que desejo para ele. Partilhámos ao longo de muitos anos ideias, porque temos uma relação de irmãos e acredito na competência dele, das pessoas que estão com ele e que estão neste clube e faço votos que o Santa Clara consiga o grande objetivo de chegar à I Liga», afiançou o treinador do FC Porto.

Quanto ao facto do FC Porto ter vencido esta noite o Santa Clara, por 3-0, e conquistado a terceira edição do Troféu Pauleta, Vítor Pereira admitiu «estar satisfeito com o resultado», apesar «de não se ter visto uma equipa fresca» devido a um treino mais intenso efetuado na última terça-feira.

Questionado pelos jornalistas acerca das expectativas para esta época, Vítor Pereira admite que «será um ano muito competitivo e difícil» mas está com «a plena convicção que o Porto estará à altura».

Já o treinador do Santa Clara, Luís Miguel, admitiu ter ficado satisfeito com o desempenho dos seus jogadores ao contrário do resultado.

«Foi um jogo bem disputado, com muito público, mostrámos bons princípios e a equipa já demonstra algum entrosamento», disse.

Quanto à possibilidade de Vítor Pereira ter deixado «uma herança pesada» por não ter conseguido levar o Santa Clara à I Liga, Luís Miguel refere que o atual técnico do FC Porto «deixou uma boa herança, pois colocou a equipa sempre nos lugares cimeiros».