Portugal já deu ao mundo do futebol José Mourinho e Cristiano Ronaldo, e agora a empresa de software portuguesa F3M quer criar o melhor software de gestão de talentos no futebol (‘scouting’) do mundo.

Tendo Portugal «o melhor treinador de futebol do mundo [José Mourinho], um dos dois melhores jogadores de futebol do mundo [Cristiano Ronaldo], o melhor árbitro do mundo [Pedro Proença] e uma das cinco melhores escolas de futebol de formação do mundo [Sporting Clube de Portugal], a F3M quer afirmar o Talent Spy como a ferramenta de ‘scouting’ mais utilizada em todo o mundo», disse à Lusa João Almeida, gestor de negócios internacionais da empresa.

Segundo Almeida, um dos modelos de expansão internacional «muito mais global» que a F3M está a lançar este ano tem a ver com uma plataforma para a área do ‘scouting’ desportivo, vocacionado nesta fase para o futebol.

«Este software, denominado Talent Spy, está em fase de lançamento e tem quatro países alvo neste momento (Portugal, Inglaterra, Alemanha e Brasil) e outros 17, numa segunda fase, em 2014, entre os quais a Espanha, França, Holanda, China, Estados Unidos, Argentina e a África do Sul)», explicou.

Este tipo de internacionalização assenta num modelo completamente diferente, pois não implica a presença local da F3M e a abertura de empresas nos países de destino, caso de Angola e de Moçambique.

«É um projeto absolutamente inovador em função do mercado alvo e que se destina a democratizar o ‘scouting’ [captação de talentos jovens no futebol, sua gestão e o seu acompanhamento] a nível mundial, junto dos 'scouts' [treinadores, olheiros, agentes do futebol e todos os que trabalham nesta área], além dos clubes e agências de pequena, média e grande dimensão», sublinhou.

A plataforma funcionará totalmente na Internet, através de um sistema “cloud” e num modelo de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês).

Trata-se do primeiro produto de uma linha de software para o desporto que a F3M vai lançar nos próximos anos, tendo as primeiras reações ao seu lançamento tido uma «excelente resposta», disse à Lusa o gestor.

«Neste momento há contactos em Inglaterra, Irlanda, Escócia, Brasil, Ucrânia e no Qatar», adiantou.