O defesa Ricardo disse esta terça-feira acreditar que a postura do Paços de Ferreira frente ao Vitória de Setúbal (1-1), para a quinta jornada da I Liga de futebol, será o caminho a seguir até ao final da época.

«Ontem [na segunda-feira] jogámos à Paços, com coesão, espírito de sacrifício, cada um dando mais um bocadinho pelos outros, e não há volta atrás. Esta postura tem de ser o princípio base para atacarmos o resto do campeonato e creio que pode ter sido a chave da viragem», disse Ricardo.

O autor do golo que garantiu o primeiro ponto ao Paços de Ferreira na atual I Liga justificou este "clique" com uma conversa de grupo, no balneário, na qual, precisou, "todos concluíram que, mais do que a qualidade existente, estava a faltar qualquer coisa".

«Naquele momento, pensei só que tinha de chegar à bola e cabecear, fiquei, depois, à espera de ver a rede abanar», recordou, congratulando-se por ter acontecido no regresso da equipa a "casa" e junto dos adeptos.

O camisola número 19 do Paços explicou o seu golo ao Vitória de Setúbal, aos 82 minutos, como «uma cabeçada de oportunidade», fazendo votos para que represente a «cabeçada na crise» e «o ponto de viragem» comparando-o ao tento de Tony ao Sporting, na última época (vitória por 1-0).

Ricardo marcou, de cabeça, na recarga a um livre de Manuel José ao ferro da baliza sadina, enquanto Tony, a 05 de maio da época passada, anotou, também de cabeça e na recarga a um livre de Josué ao poste da baliza de Rui Patrício, o golo ao Sporting.

«Disse há bocado na brincadeira que [o lance do golo] era uma jogada nossa», gracejou o defesa central pacense, no final do treino de hoje, para quem o seu golo «acabou por ser um prémio».

O "capitão" de equipa frente aos sadinos refutou, no entanto, a ideia de «final feliz», considerando até que «soube a pouco», tendo em conta que «o Paços produziu muito e dispôs de muitas situações para finalizar».

Apesar do ânimo renovado, Ricardo disse haver ainda muito por fazer e para melhorar, seja na finalização ou a defender, mas recusou comentar as mudanças constantes promovidas pelo técnico Costinha na equipa e, concretamente, no eixo defensivo.