O presidente do Sindicado dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) defendeu esta quinta-feira Ricardo Quaresma, do FC Porto, criticado por atitudes no final do jogo com o Nacional, no Funchal, dizendo que prefere ser amigo dele do que de alguns dirigentes.
"Prefiro ter o Quaresma como amigo do que alguns dirigentes. (...) Sou amigo do Quaresma. São censuráveis alguns atos, mas acho que se está a extravasar um pouco e se está a colocar em causa os valores a nível pessoal e profissional", afirmou o dirigente que salientou ainda: "É um talento nacional que merece estar nos melhores palcos".
À margem do X Congresso de Futebol, que decorre no ISMAI, Joaquim Evangelista fez ainda referência ao atual momento do futebol reafirmando que "o fenómeno do incumprimento salarial é uma realidade", apesar de já haver algumas diferenças na postura dos dirigentes.
"Há muitos clubes que não cumprem atempadamente as suas obrigações. Mas têm feito esse esforço de compromisso com os seus jogadores e vão pagando. Mas os clubes têm de ter consciência de que não podem viver nas circunstâncias em que viviam, e tem de haver maior rigor. Até aqui cometiam-se os atos de gestão danosa irresponsavelmente e agora isso não pode ser feito. Mesmo assim, a postura dos dirigentes é diferente, preferem o diálogo a enfiar a cabeça na areia", disse ainda.
O dirigente falou ainda da polémica que envolve a Liga e os clubes.
"Eu tenho de respeitar a Liga independentemente das pessoas que lá estão. É esta Liga com quem tenho de me relacionar e prefiro fazer a não me relacionar com nenhuma. Eu defendo uma Liga forte, respeitada e com dignidade. Preferia não ver a Liga nestas circunstâncias que desacreditam o futebol português. Mas não sei quem é que tem mais culpa. Se é o presidente ou se são os clubes. Não sejamos hipócritas. Quem elegeu este presidente foram os clubes. São eles que têm de assumir a responsabilidade", afirmou.
Sobre uma possível candidatura à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Joaquim Evangelista foi claro: "Isso é um disparate. Se eu tivesse essa ambição não podia ter esta posição de confronto. Eu sei exatamente qual é o meu lugar. E sendo do lado dos jogadores não pode ser do lado dos clubes. Não é isso que eu desejo nem é um lugar que eu possa vir a ocupar".