A Académica prevê um orçamento de 3,6 milhões de euros para a época desportiva 2014/2015 para o setor profissional do futebol, avançou hoje o vice-presidente Salvador Arnaut, em assembleia-geral de sócios.

Durante a assembleia-geral, foram apresentados os pressupostos do orçamento para 2014/2015, que será votado em setembro, sendo esperados gastos na ordem de "3,6 milhões de euros" na SDUQ (Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas - entidade que gere o futebol profissional da Académica), informou Salvador Arnaut, vice-presidente para a área financeira.

A maior parte dos encargos será "com remunerações de pessoal", atletas e equipa técnica, estando previstos rendimentos na ordem dos "3,650 milhões de euros", onde constam as receitas com "contratos publicitários, direitos televisivos, participação em competições", entre outras, explicou Salvador Arnaut.

O responsável informou ainda que a AAC/OAF (Associação Académica de Coimbra - Organismo Autónomo de Futebol - entidade que gere toda a restante atividade do clube) prevê rendimentos de 1,2 milhões de euros e gastos de 800 mil euros.

O orçamento da SDUQ está "em fase de conclusão" e deverá ter de ser votado pelos sócios, devido aos estatutos desta sociedade, que necessita de voto do sócio único - AAC/OAF.

Foi ainda aprovado durante a assembleia-geral o aumento de capital social da SDUQ de 250 mil euros para 500 mil euros, com 26 votos aprovados, 10 abstenções e 19 contra.

José Eduardo Simões, presidente da Académica, salientou que o aumento de capital social "corresponde à exigência" do negócio, em que "há um sobe e desce de passes" de jogadores, tendo sido "sensato" o valor de 500 mil euros, que o clube "consegue suportar", de acordo com o património da SDUQ.

O aumento de capital foi realizado depois de uma auditoria de um revisor oficial de contas e de uma avaliação do património da SDUQ por três agentes FIFA.

Vários sócios apresentaram as suas dúvidas em relação à avaliação do património ter sido realizado em 2013, podendo o valor atual ser diferente, contestando ainda não ter sido apresentada documentação relativa ao processo.

"Temos direção nova, mas com vícios antigos", disse Nuno Oliveira, candidato derrotado nas últimas eleições, sublinhando que "gostava de votar favoravelmente, mas em consciência" não sabe o que vai votar, criticando a não disponibilização da documentação pela direção, que justificou que não pretendia apresentar os documentos com a comunicação social presente.