Rui Barreiro reagiu com desagrado, mas sem surpresa, à anunciada intenção da direção do Sporting de o exonerar do seu lugar no Conselho Leonino, onde tem assumido posições críticas em relação ao presidente Bruno de Carvalho.

Em declarações ao jornal O Jogo, o conselheiro leonino explicou porque não compareceu na Assembleia Geral do passado sábado e reiterou a sua disponibilidade para um debate com Bruno de Carvalho.

"Jaime Marta Soares [presidente da Mesa da Assembleia Geral] é o presidente de todos os sportinguistas, os que concordam e discordam, deve fazer uma leitura imparcial das coisas, por isso não esperava o seu comportamento enquanto presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube. Não esperava o seu comportamento no Conselho Leonino. O que lá foi dito, fica lá, mas se calhar, face ao que Jaime Marta Soares e Bruno de Carvalho disseram, deveria ter saído mais cedo e não ter ficado até ao final. Senti-me ameaçado várias vezes. Mas devo dizer que vou às assembleias gerais que quiser e quado entender", atirou.

Em jeito de resposta a Bruno de Carvalho, Rui Barreiro deixou um desafio ao presidente do Sporting: "Já disse a Bruno de Carvalho que, se quer esclarecer e responder, vamos a um debate - estou disponível. Não estou isolado, mas a ditadura dos resultados é que manda. Não é fácil discordar quando se lidera o campeonato."

Paralelamente, Rui Barreiro reitera as críticas ao líder do Sporting e compara o tratamento que tem recebido em comparação com a situação que envolveu José Eduardo e Marco Silva em 2015. "Tenho pena que a opinião de um sócio tenha sido o suficiente para que Bruno de Carvalho pedisse uma Assembleia Geral, quando José Eduardo disse e fez pior ao treinador Marco Silva e a Direção e Jaime Marta Soares nada fizeram", sentenciou.