Um dia depois de ter conhecido a decisão do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que deu provimento ao recurso do Boavista, com fundamento na prescrição do procedimento disciplinar que ditou a descida de divisão do clube, João Loureiro, atual presidente do clube da cidade do Porto, deu uma conferência de imprensa aberta para dar a conhecer as intenções do emblema boavisteiro.
«Quero agradecer a equipa jurídica, liderada por Francisco Pimentel e Paulo Samagaio, que tem sido inexcedível desde que isto tudo começou. A nossa postura vai se irrepreensível. Vamos ser pacientes, responsáveis, serenos, discretos e respeitosos. Também exigiremos o mesmo respeito e consideração. Esta instituição, que tem 110 anos de história, merece o respeito de toda a gente. Desde já agradeço a forma correta como os nossos adeptos se têm portado durante o processo», começou por dizer, esta sexta-feira, João Loureiro, no auditório do Estádio do Bessa, na Boavista.
O presidente do clube lembra que as pessoas que fizeram mal ao Boavista, não serão esquecidas.
«Sabemos quem nos fez mal. Fomos injustiçados e perseguidos, mas, nesta hora, vamos ser superiores. E nem vamos dar margem a quem tanto mal nos fez, cujos nomes nem vamos referir. É gente que nem está ao nível de ser referido nesta instituição. Tenho a noção de que ontem houve uma decisão histórica e que foi um passo de gigante relativamente aquilo que todos ansiamos e pretendemos. Foi uma decisão favorável e confortável, que prestigia o órgão [CJ da FPF]que a tomou, assim como as personalidades que estiveram na base dessa mesma decisão. Há uma coisa que ninguém pode ter a mínima duvida, havia três processes colocados ao Boavista, e em todos o Boavista venceu, foi absolvido nos três processos», explicou.
No auditório, a assistir à conferência de imprensa estava uma centena de adeptos, cuja presença mereceu umas palavras de João Loureiro.
«É bonito ver todos juntos de novo, ver esta família a ficar novamente unida. É o maior prazer que sinto. Até fico arrepiado por sentir união nesta casa. Vamos seguramente resolver os nossos problemas, mas este não é o único. Temos outros... Mas uma coisa garanto: um dia, o Boavista vai voltar ao lugar que merece. E seremos compensados pelo mal que nos fizeram», concluiu.