O treinador Álvaro Magalhães assumiu hoje a ambição de voltar a subir o Gil Vicente à I Liga portuguesa de futebol, admitindo que para o fazer necessita da “estrelinha” da sorte. Na apresentação do técnico, o presidente do Gil Vicente, António Fiúsa, assumiu que a sua contratação “é para uma aposta na subida à I Liga”. “Vamos reforçar a equipa, mas fazemo-lo dentro de um certo orçamento, com os pés bem assentes no chão já que a crise que assola o país é conhecida de todos”, referiu o dirigente.

António Fiúsa recordou a experiência bem-sucedida do técnico em Barcelos, para justificar este regresso, com um contrato válido por uma temporada e mais uma de opção. ”O Álvaro é um homem que conhece bem esta casa, há 16 anos foi campeão e subiu-nos à I Liga e no ano seguinte levou-nos ao quinto lugar no campeonato e, por ironia do destino, num ano em que o quinto lugar não teve direito a entrar numa competição europeia. É um treinador com provas dadas e acredito mesmo que vai voltar a ser campeão. O que lhe pedimos foi que pusesse o clube na I Liga”, frisou.

Fiúsa explicou ainda que Nandinho abandonou o comando técnico por sua vontade. “Saiu porque quis, pois eu fui a primeira pessoa a convidá-lo a continuar, mas depois informou que preferia novos desafios. São opções, mas saiu com amizade de todos nós e tenho a certeza que um dia regressará pois é um homem da casa”, sublinhou.

Álvaro Magalhães começou por agradecer o convite do Gil Vicente referindo que chegou “na altura certa”.

“É um clube me diz muito. Só um convite do Gil Vicente me fazia regressar ao futebol. Venho para aqui para lutar pela subida de divisão", salientou, recordando que já tinha rejeitado um convite da formação de Barcelos, quando coadjuvava o italiano Giovanni Trapattoni no Benfica.

“Já em 2004 tinha sido convidado mas na altura não foi possível vir dado que estava no Benfica. É um bom projeto, mas agora temos melhores condições de trabalho e melhor estrutura. Vamos construir uma equipa forte e competitiva, juntando juventude com experiencia pois a II Liga é difícil e muito competitiva. Procuraremos ser a equipa mais regular e ter sucesso, esperemos que a sorte e a estrelinha nos acompanhe”, realçou.

Prometendo empenho para “dar alegrias aos sócios”, Álvaro Magalhães saudou ainda o seu antecessor, que considera “um amigo, um jovem fantástico”, que até já treinou.

O técnico, de 55 anos, regressa a Barcelos, depois de ter orientado, entre 1998 e 2000, o clube, que terminou a II Liga no 11.º lugar. Álvaro Magalhães, que foi campeão nacional no Benfica como adjunto do italiano Giovanni Trapattoni, em 2004/05, volta a treinar, depois de ter orientado o Tondela, na II Liga, na época 2013/14.

Além destes emblemas, o antigo defesa esquerdo passou por clubes como Naval 1.º de Maio, Sporting da Covilhã, Olhanense, Feirense, Estrela da Amadora, Vitória de Guimarães, Santa Clara, Desportivo de Chaves e Lusitânia Lourosa e pelos estrangeiros Nacional Benguela, Interclube e Gloria Buzau.