A seleção portuguesa de sub-21 está com um pé e meio nos quartos-de-final do europeu da categoria. Basta aos lusos um empate diante da Suécia no último jogo do Grupo B para passar às semi-finais e ficar perto também dos Jogos Olímpicos.

Gonçalo Paciência é um dos 23 que Rui Jorge levou para o Europeu. O avançado da equipa lusa participou apenas no empate com a Itália, embora não tenha marcado. Para o jogador do FC Porto, o que interessa é a equipa.

"O mais importante é a equipa. Se concretizarmos os objetivos da equipa, prescindo dos golos. Eu quero é que a equipa ganhe", disse o jogador, em declarações aos jornalistas esta segunda-feira.

Lançado no segundo tempo frente aos italianos, Gonçalo Paciência até acabou por fazer um bom jogo. Só faltou o golo.

"Foi uma boa estreia, entrei bem. Queríamos a vitória mas foi um jogo bem disputado. Houve oportunidades para ambas as equipas mas o resultado acabou por ser o mais justo. Acho que, pela forma como o jogo estava a decorrer, entrei bem e acho que consegui fazer o que o míster me pediu", sublinhou o jogador, nada preocupado com a sua condição de suplente neste Europeu.

"Todos os jogadores gostam de jogar mas é preciso esperar pela oportunidade. Trabalho para isso [agarrar a oportunidade] todos os dias", afirmou.

Apesar de ser filho de Domingos Paciência, treinador e antiga glória do FC Porto, o avançado de 21 anos sublinhou que não fala muito sobre futebol com o pai.

"Nunca há grandes conversas sobre futebol. Ele deixa-me à vontade. Dá conselhos como todos os pais, mas como está ligado ao futebol é normal que me dê indicações sobre posicionamento, movimentação, dribles, entre outras coisas", sublinhou.

Ser filho de um treinador e antigo internacional de futebol pode trazer pressão acrescida. Gonçalo garante que este estatuto tem coisas positivas e negativas.

"Tem um lado bom e outro mau. Se calhar tenho mais visibilidade, mas quando corre mal sou visto de outra forma. Acho que tenho de mostrar o dobro", concluiu.