O presidente da FPF, Fernando Gomes, revelou hoje não ter obtido por parte da Polícia de Segurança Pública (PSP) qualquer esclarecimento acerca do furto nas instalações da Federação, ocorrido há quase nove meses.

«Já fizemos há algum tempo uma pergunta específica quer ao Comando Metropolitano quer à Direção Nacional da PSP, através de uma missiva, para que nos esclarecessem sobre o processo em causa», contou Fernando Gomes, lembrando que foi também remetida para aquelas instituições cópia do ofício enviado à Polícia Metropolitana sobre o caso.

De acordo com o presidente da FPF, o Comando Metropolitano limitou-se a informar que «tinha remetido [a missiva] para a Direção de Investigação Criminal da PSP».

Fernando Gomes revelou ter questionado diversas vezes, nas reuniões que manteve com o Comando Metropolitano da PSP, sobre o caso em questão e que a resposta foi sempre a mesma, a de que o processo estava em segredo e que as investigações decorriam.

«Não podemos fazer nada porque desconhecemos o que se passa. Fizemos uma pergunta oficial para receber uma resposta oficial», alegou o presidente da FPF, quando questionado sobre a estranheza de, nove meses decorridos, nada ter sido tornado público pelas autoridades competentes, a despeito dos vestígios deixados pelo assaltante, nomeadamente sangue e artigos pessoais.

De resto, Fernando Gomes lembrou o comentário da polícia, após a perícia feita às instalações, segundo o qual «não seria difícil identificar e encontrar o assaltante» e reiterou que a FPF «é a primeira interessada em apurar o que se passou e as motivações de quem esteve por detrás do assalto».

No dia 10 de fevereiro, a sede da Federação Portuguesa de Futebol, foi alvo de um assalto, no qual foram furtados os computadores do presidente federativo, Fernando Gomes, da sua assistente e do presidente do Conselho de Arbitragem, Vítor Pereira.

Na altura a FPF reagiu em comunicado, no próprio dia, explicando que «os assaltantes se dirigiram diretamente ao gabinete do presidente da FPF» e que este não se sentia afetado com «estratégias de intimidação».

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP referiu na altura ter recolhido vestígios «muito fortes» para ajudar as autoridades a chegar aos autores do assalto à sede federativa.