O futebolista do Estoril-Praia Gonçalo Santos afirmou hoje que a obrigatoriedade de vencer o jogo de quarta-feira, para a Taça da Liga, pertence ao Olhanense, recordando o que aprendeu com Vítor Pereira, com quem treinou no Santa Clara.

«Este é uma eliminatória a duas mãos. O Olhanense é uma equipa da Liga e por isso a pressão está do lado deles. O nosso objetivo é ganhar e passar à fase seguinte. Ainda não perdemos esta época», disse à Agência Lusa o jogador, que completa 25 anos a 15 de novembro.

Autor de uma assistência para golo, diante do Portimonense (vitória por 1-0), e de um forte remate à trave na última jornada com o Desportivo das Aves (1-0), Gonçalo Santos deixa o aviso para o jogo com os comandados de Daúto Faquirá.

«Uns centímetros mais baixos e tinha feito o primeiro golo pelo Estoril. Quem sabe com o Olhanense... agora jogo mais adiantado no terreno. A mudança de treinador (Marco Silva substituiu Vinícius Eutrópio) fez o bloco do meio-campo subir um pouco e faz com que esteja mais adiantado e suba nos cantos», avisou.

Titular indiscutível com 900 minutos nos 10 jogos disputados esta temporada pelos "canarinhos", contabilizando Liga de Honra, Taça da Liga e Taça de Portugal, Gonçalo Santos não esquece o treinador que o ensinou a ver o futebol «com outros olhos».

«Vítor Pereira é sem dúvida o treinador que mais me marcou. Trabalhei com ele no Santa Clara (2009/10) e comecei a ver o futebol de outra maneira. Só quem não trabalhou com ele é que se pode admirar pelo facto de agora estar no FC Porto. Ele é um treinador que trabalha todos os sectores ao pormenor e só sabe jogar para ganhar», disse.

O jogador do Estoril foi claro: «Já mostrou isso nos juniores do FC Porto, no Santa Clara e agora na equipa principal do FC Porto. É muito forte nos detalhes. Não foi de forma nenhuma uma aposta de risco por parte do presidente».

«Falei com ele durante o verão, ainda não sabia que assumir o comando da equipa. Desejou-me a maior sorte do mundo, Sei que vai seguindo de perto os jogadores com quem trabalhou», rematou, revelando manter contacto com o técnico.

Com contrato até ao final da temporada, este jovem, natural de Lamego, considera que é o momento oportuno para regressar à Liga principal ou então emigrar.

«Depois de três épocas na Liga de Honra, estou mais maduro. Tenho qualidade para jogar na Liga. Se não tiver propostas, vou virar-me para o estrangeiro. Gostaria muito de jogar na liga italiana ou espanhola. Sei que estou a ser observado por alguns clubes, mas até agora ninguém falou comigo», concluiu.