O facto de Benfica e Arouca pertencerem a campeonatos diferentes levava a que se pensasse que a equipa de Jorge Jesus, perante o seu público, fizesse valer a sua maior qualidade técnica e táctica e que, com maior ou menor dificuldade, resolvesse o jogo.

A verdade é que nos primeiros vinte minutos, embora o Benfica dominasse territorialmente o encontro, o Arouca espreitava sempre a possibilidade de criar perigo junto da baliza de Júlio César. Assim, a formação orientada por Henrique Nunes ia assustando a defesa encarnada e desesperando Jorge Jesus.

Contudo, o minuto 23 mudou o curso do jogo e pôs a claro a diferença existente entre as duas equipas. Nico Gaítan, encostado à extrema-direita, cruzou e Kardec, mais altos que os defesas contrários, cabeceou para o fundo das redes da baliza do Arouca.

O Arouca sentiu o golo e perdeu a irreverência, começando a remeter-se ao seu meio-campo defensivo. Já o Benfica começou a fazer correr a bola com maior velocidade e a abrir brechas na área contrária.

Ao minuto 31 já foi com naturalidade que surgiu o segundo golo dos encarnados. Aimar cobrou um livre na direita, Kardec voltou a subir mais alto do que os defesas e cabeceou em direcção da baliza defendida por Pedro Soares, no entanto a bola foi de encontro ao poste. Saviola no sítio certo e mais lesto que os seus opositores, rematou, na recarga, e fez o segundo golo para a equipa da casa.

Já no último minuto da primeira parte, o Benfica deu maior expressão ao resultado ao fazer o 3-0. Kardec, mais uma vez surgiu bem dentro da área e, oportunamente, cabeceou para o fundo da baliza.

 Foi com este resultado que as duas equipas seguiram para os balneários.