Um golo de Cardinal no último milésimo de segundo permitiu sábado à seleção portuguesa de futsal evitar de forma dramática a derrota face à anfitriã Colômbia (1-1), na estreia no Mundial de 2016, em Cali.

Quando o desaire parecia certo, até porque a menos de sete segundos do final a bola estava com os anfitriões, o 54.º remate da equipa de Jorge Braz levou, finalmente, o destino das redes da baliza defendida por Carlos Ñañez.

A Colômbia, que liderou desde os 29 segundos, graças a um tento de Angellot Caro, cedeu o empate quando já festejava o triunfo, perante cerca de 13.000 adeptos, num Grupo A liderado pelo Panamá (3-1 ao Uzbequistão).

O conjunto luso, que fez mais do dobro dos remates (54-26) e o triplo dos enquadrados na baliza (18-6), acabou por ser premiado por ter insistido e acreditado até ao último lance, mesmo num jogo em que estava a ser infeliz.

A seleção lusa, que teve a Colômbia com cinco faltas durante quase 16 minutos (6.51 na primeira parte e 9.06 na segunda) e não conseguiu ‘arrancar’ a sexta, atirou três bolas aos ‘ferros’, por Bruno Coelho (primeira parte) e Cardinal e Ricardinho (segunda).

Portugal entrou, praticamente, a perder, já que, logo aos 29 segundos, os colombianos adiantaram-se no marcador, com Angellot Caro, desmarcado por Yulian Diaz, a surgiu solto e a bater Bebé.

Num primeiro minuto ‘frenético’, Bruno Coelho atirou ao poste, na resposta, e, logo depois, Angellot esteve perto de ‘bisar’ em duas situações.

O ritmo baixou rapidamente e o equilíbrio instalou-se, com Portugal sempre mais tempo com a bola (60 por cento de posse na primeira parte) e mais rematador (22-11), mas com dificuldades em criar situações claras de golo.

A 6.51 minutos do intervalo, a Colômbia chegou às cinco faltas, mas Portugal não conseguiu aproveitar, conquistar um livre de 10 metros, também porque os árbitros não ‘quiseram’ assinalar uma infração clara sobre Ricardinho.

Para a segunda parte, o ‘cinco’ de Jorge Braz entrou mais rápido, determinado e pressionante, mas o poste esquerdo evitou o tento de Cardinal, aos 21.30 minutos, e a barra ‘não deixou’ Ricardinho marcar, aos 27.54.

Muito agressiva a defender, a Colômbia chegou à quinta falta ainda mais cedo do que na primeira metade, a 9.06 minutos do fim, mas Portugal voltou a não aproveitar, tendo apenas ameaçado por Tiago Brito.

Jorge Braz apostou no guarda-redes avançado a 2.38 minutos do fim, mas foi a Colômbia que quase chegou ao segundo, com o remate do guarda-redes Ñañez a sair a rasar a baliza deserta, a pouco mais de meio minuto do fim.

Com 6,8 segundos para jogar, Portugal cometeu uma falta e os jogadores da Colômbia iniciaram os festejos, mas a bola ainda foi recuperada pela equipa lusa, a 2,8, com Tiago Brito a colocar em Cardinal e este a ‘fuzilar’ Ñañez... com o relógio a zero.

Jogo no Coliseo el Pueblo, em Cali, na Colômbia.

Colômbia – Portugal, 1-1.

Ao intervalo: 1-0.

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1-0, Angellot Caro, 29 segundos.

1-1, Cardinal, 40.00 minutos.

Equipas:

- Colômbia: Carlos Ñañez, Miguel Sierra, Jorge Abril, Yulian Diaz e Angellot Caro. Jogaram ainda Andres Reyes, Yefri Duque, Yeisson Fonnegra, Jhonatan Toro, Javier Ortiz e Christian Otero.

Selecionador: Arney Fonnegra.

- Portugal: Bebé, Bruno Coelho, Cardinal, João Matos e Ricardinho. Jogaram ainda Djô, Miguel Ângelo, Pedro Cary, Tiago Brito, Fábio Cecílio, André Coelho e Ré.

Selecionador: Jorge Braz.

Árbitros: Fernando Gutiérrez Lumbreras (Espanha) e Daniel Rodriguez (Uruguai).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Angellot Caro (13.09), Miguel Sierra (24.17) e Javier Ortiz (25.58).

Assistência: Cerca de 13.000 espetadores.