O tricampeão Sebastian Vettel e a Red Bull voltam a partir como favoritos à conquista do Mundial de Fórmula 1, que arranca domingo, na Austrália, sob as ameaças de Ferrari, McLaren e da reforçada Mercedes.

Depois da conquista tardia de 2012, em que apenas selou a revalidação do título na última corrida, no Brasil, o alemão inicia 2013 em busca do tetracampeonato e de tornar-se no mais jovem de sempre a vencer quatro títulos consecutivos.

Vettel repete o papel de “cabeça de cartaz” da competição, em que voltará a ter como companheiro de equipa o australiano Mark Webber, que, segundo o germânico, é um dos principais candidatos à vitória final.

Já Fernando Alonso, volta a surgir como ameaça iminente à ambição dos Red Bull, após ter ficado a míseros três pontos de Vettel, na edição de 2012.

O espanhol, que vai para a quarta temporada ao serviço da Ferrari, equipa em que mantém posição cimeira face ao brasileiro Felipe Massa, procura a primeira conquista pela marca italiana e sua terceira na carreira, parecendo cada vez mais pressionado, numa altura em que circulam rumores sobre uma possível mudança de Vettel para o emblema de Maranello.

Ainda assim, ao equilíbrio de forças de Red Bull e Ferrari, junta-se a McLaren-Mercedes, com Jenson Button (campeão em 2010) e o mexicano Sergio Pérez (ex-Sauber), depois da mudança de Lewis Hamilton para a Mercedes.

Já sem Michael Schumacher, que voltou a abandonar as pistas, três anos depois de um regresso que se revelou pouco produtivo e que encerrou com um 13.º lugar, a Mercedes surge na quarta posição dos principais candidatos, em boa dose devido à contratação do campeão de 2008.

Muitas das atenções da 63.ª edição do Mundial estarão, aliás, viradas para o piloto britânico, que tentará capitalizar as expetativas criadas com Schumacher, colocando a escuderia alemã ao nível das principais rivais.

Quanto à Lotus, depois de superar as previsões da temporada passada, com o terceiro lugar final de Kimi Raikkonen, apenas atrás de Vettel e Alonso, terá agora a oportunidade de provar que os resultados de 2012 não foram um mero acaso.

De regresso às pistas, o finlandês, campeão em 2007, pela Ferrari, deixou um aviso aos principais concorrentes, com uma vitória (Abu Dhabi) e sete pódios, mais quatro que o companheiro de equipa, o francês Romain Grosjean, oitavo colocado no Mundial.

Entre as equipas do "grande circo", registou-se apenas a saída da HRT, ficando o Mundial com 11 equipas, enquanto no plantel de pilotos destacam-se as estreias do mexicano Esteban Gutiérrez (Sauber), do finlandês Valtteri Bottas (Williams), do holandês Giedo van der Garde (Caterham), do francês Jules Bianchi (Marussia) e do britânico Max Chilton (Marussia).

O Grande Prémio da Austrália volta a ser o primeiro de um calendário com 19 provas, menos uma do que no ano passado, em virtude da exclusão do circuito da Europa, que, desde 2008, vinha sendo disputado em Valência (Espanha).

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) ainda procurou um circuito para o GP da Europa, tendo inclusive sido ponderada a possibilidade de este se disputar em Portugal, no Autódromo do Estoril.

O Campeonato do Mundo de Fórmula 1 arranca domingo, no circuito de Melbourne, às 06h00 (em Lisboa), e termina a 24 de novembro, em Interlagos, no Brasil. Veja aqui o calendário completo no SAPO Desporto.