Paulo Fonseca e Jorge Jesus, tal como previsto na crónica anterior, tiveram os seus fracassos europeus. Não apenas pelos resultados, mas porque mais uma vez demonstraram estar a anos-luz do que as duas equipas produziram na época passada. Paulo Fonseca continua a ter um discurso deficiente, pouco cativante e coerente e a desculpabilizar-se. Jesus viu um jogo diferente na 4ª feira na Luz e conseguiu achar pontos positivos onde não existiram. Especialmente na pouca organização coletiva.

Assim, foi com bastante expetativa que se aguardava o embate entre o ferido Porto e um rejuvenescido Sporting, com destaque positivo para Leonardo Jardim. O jogo caiu para os azuis e assim Paulo Fonseca ganhou um enorme balão de paciência e um possível crédito nos adeptos portistas. Cinco pontos numa Liga nivelada por baixo é já uma vantagem considerável. Com a estabilidade de treinadores anteriores, o Porto não iria desperdiçar esta vantagem tão facilmente. Mas com Paulo Fonseca a música pode ser outra.

No Sporting, apesar da derrota, demonstrou estar no caminho certo. Alguns dirigentes tornam-se nos seus piores inimigos quando querem saltar alguns degraus desse caminho e colocarem o treinador e jogadores a desfocarem-se do que é a sua missão e terem de ser eles próprios os mais clarividentes do seu clube. Jardim demonstrou que com tempo e alguns retoques em termos de jogadores, estará à altura de lutar pela Liga e, provavelmente, com menor investimento que o Benfica e Porto.

Jorge Jesus, tal como Paulo Fonseca, teve uma noite europeia para esquecer a meio da semana. Para lá da perda de pontos, notou-se de forma ainda mais notória que a equipa está perdida a vários níveis. De jogo, motivacional, alinhamento, etc! Depois do que se viu 4ª feira, diria que Jorge Jesus juntou a esta difícil desafio mais uma pedra nas suas costas e carregá-la mesmo até ao final da fase de grupos. Resta saber para onde tombará o treinador português.

Horas antes do derby Porto – Sporting e do assumir por parte de Jesus que o seu Benfica está a produzir menos (apesar de na última 4ª feira ter desmentido um jornalista na conferência de imprensa quando foi confrontado com esse facto), apresentou-se o melhor Benfica da temporada contra o Nacional da Madeira. A reflexão será um pedir de mais tempo? A verdade é que o Porto está na frente, com cinco pontos sobre os dois rivais!

Sp. Braga vai longe, Estoril e o próprio Nacional vão fazendo brilharetes, mas voltaremos a ter luta pelo título? E se sim, estaremos de volta aos três suspeitos do costume? Para finalizar…saiu-nos a Suécia! Não é apenas Ibrahimovic que deve assustar a nossa seleção. Continuo a reforçar: a nossa mentalidade pode ser o nosso pior adversário. Mas temos uma grande vantagem. A solução está bem próxima da seleção, ela própria.