O clássico que tanto se falava está a chegar. Ao contrário do que a grande maioria esperava, Jorge Jesus receberá o Porto em desvantagem pontual e o basco Lopetegui, mesmo com a derrota caseira frente ao Marítimo para a Taça da Liga, chegará a Alvalade a lutar por dois resultados agradáveis.

Ninguém vence Ligas em Janeiro, todos o dizem! Jorge Jesus sabe-o bem. Lopetegui também. Mas a verdade é que o resultado ditará a gestão mais relacional com as suas direções e adeptos até que um dos três grandes se destaque ou pela positiva ou pela negativa.

Jorge Jesus é melhor treinador que Lopetegui para esta realdiade. Sei que esta observação não é totalmente objetiva. Não se pode considerar apenas os títulos, vitórias, etc., até porque o treinador do Porto vai na sua segunda época apenas e Jorge Jesus, mesmo se contarmos apenas as épocas em que foi treinador em grandes clubes, vai na sua sétima época e não venceu sempre. Mas Lopetegui tem-nos ‘ensinado’ maus hábitos de como não potenciar plantéis quase de luxo para a realidade portuguesa. Na época passada o plantel era recheado de grandes valores, com juventude e experiência. Era a sua primeira época em Portugal, verdade. Mas os seus erros repetem-se esta época, o que nos leva a pensar que se trata de um denominador seu e não uma questão de falta de conhecimento.

Jorge Jesus é mais astuto. Tem uma estratégia tática e organizacional adequada e montada para a realidade interna, daí, dar-se muito melhor cá dentro. E quer aprender, melhorar adaptando-se à realidade e não forçando o contrário como acontece com Lopetegui. Isto quer dizer que no sábado o Sporting irá vencer? Não, nada disso. Jesus sempre se amedrentou frente ao Porto quando era treinador do Benfica. Vamos ver o que acontecerá agora. Basta a qualidade dos treinadores para vencer um jogo? Não, claro que não, até porque Lopetegui preparar melhor os jogos contra equipas ‘grandes’ do que contra os ‘pequenos’. E por fim, e muito relevante, o Porto tem mais qualidade individual. Mais opções excetuando a frente de ataque. Se tem mais qualidade coletiva, neste momento creio que não, mas o discurso, as crenças dos dois treinadores podem ativar ou amedrontar os jogadores.