Quase oito meses depois de sorrir com uma vitória na Choupana, o Sporting voltou hoje ao “local do crime”. Porém, a felicidade faltou à chamada e o melhor que os leões conseguiram foi um empate, numa partida onde Van Wolfswinkel até falhou uma grande penalidade. 

Depois da desmoralizadora derrota com o Benfica, impunha-se uma reação à equipa de Franky Vercauteren. Da imposição à ilusão foram apenas 25 minutos, pois o Nacional entrou a todo o gás no jogo enquanto o Sporting estava mergulhado numa estranha letargia. 

Apesar das ausências de peso nos leões, com os castigos de Rojo, Boulahrouz, Carrillo e Rinaudo, a equipa leonina tinha capacidade para outra réplica, mas nada saía bem. Assim, após várias ameaças à baliza de Rui Patrício, a formação de Manuel Machado chegou ao golo, graças ao Isael. O brasileiro aproveitou a “sonolência” da defesa leonina e atirou forte para o 1-0, quando já estavam cumpridos 25 minutos.

Durante este período, o Sporting somou… zero remates. Foi preciso estar a perder para o leão acordar. Wolfswinkel, sempre esforçado, deu o primeiro sinal com um cabeceamento para defesa atenta de Vladan.

O Sporting ganhou então outra intensidade e Pranjic e um mau corte de Manuel da Costa voltaram a gerar perigo junto da baliza madeirense. Foi o melhor sinal que o Sporting conseguiu dar até ao intervalo.

No segundo tempo, onde os leões tantas vezes têm quebrado fisicamente, assistiu-se à melhor fase da atuação leonina. Com um meio-campo mais dinâmico e pressionante, a formação de Franky Vercauteren passou a controlar o jogo. Como consequência desse domínio, Capel fugiu aos 56 minutos pelo flanco esquerdo até ser derrubado na área.

Chamado a marcar a grande penalidade, Wolfswinkel evidenciou a aplicação da Lei de Murphy à época leonina e atirou ao lado, desperdiçando assim o empate.

O Nacional respondia apenas em contra-ataque e de forma cada vez mais esporádica, sem conseguir exibir a qualidade demonstrada na primeira parte, na qual tinha sido claramente superior. Apesar do falhanço do avançado holandês, os leões não esmoreceram e o “grito de revolta” foi dado por Cédric, que hoje regressou à titularidade.

O jovem lateral português fletiu para o meio e desferiu um míssil com o pé esquerdo a 30 metros da baliza de Vladan, sem que este tivesse qualquer hipótese. Um momento de genialidade de Cédric a dar o empate ao Sporting.

A partida entrou então numa toada mais equilibrada, com o perigo a ameaçar as duas balizas, mas o empate resistiu até ao apito final. As duas equipas permanecem empatadas na classificação, com 12 pontos em 12 jornadas.