As obras para melhorar as condições do estádio do Estoril-Praia estarão concluídas até final deste mês, com o clube a assegurar que estará pronto para o campeonato e que finalmente estão cumpridas as exigências da UEFA.

As portas do Estádio António Coimbra da Mota abriram-se hoje para os jornalistas visitarem as novas instalações, com novas salas de trabalho para a Comunicação Social.

No exterior, as obras ainda a decorrer, mas já é possível ver a estrutura da nova bancada norte, com mais 3.000 lugares sentados para os adeptos, atingindo-se os 8.000 lugares exigidos pela UEFA a um clube que esteja a competir na Liga Europa, como é o caso do Estoril-Praia, pelo segundo ano consecutivo.

O clube assegura que as obras, que começaram em junho, estarão concluídas até ao final de agosto e que tudo estará pronto para receber o Rio Ave, na segunda jornada da primeira liga de futebol, no primeiro jogo em casa.

Para o presidente da SAD dos "canarinhos", Tiago Ribeiro, o importante agora é fazer "uma boa época".

"Temos de entrar bem no campeonato e garantir a manutenção o mais rápido possível e a partir daí colocar novos objetivos, sendo que o mais importante é consolidar cada vez mais a nossa presença na I Liga", acrescentou.

O Estoril-Praia vai novamente competir na Liga Europa e passar a fase de grupos "não é um objetivo, mas sim uma vontade", disse Tiago Ribeiro.

Quanto a eventuais novas saídas de jogadores, o dirigente assegurou que "não há nenhuma proposta concreta", sublinhando que, se isso vier a acontecer, o clube estará preparado para procurar novas alternativas.

Sobre a Liga de clubes, Tiago Ribeiro disse esperar ainda decisões do Conselho de Justiça (CJ) sobre recursos interpostos no âmbito da anulação das eleições do passado 11 de julho que reelegeram Mário Figueiredo como presidente.

O dirigente dos "canarinhos" defende uma "mudança estrutural" na Liga, para que seja "devolvida governança aos clubes", através de um diálogo construtivo, que Mário Figueiredo não soube ter nos últimos dois anos e meio.

"O líder tem de ter competência para atuar no mercado e não somente para falar bem e estar na política e Mário Figueiredo já provou que não tem. Ele criou brigas e quebrou muitas relações", acusou.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) terá de organizar novamente eleições, na sequência da anulação do ato que reelegeu Mário Figueiredo, por parte do CJ da Federação Portuguesa de Futebol.

A decisão de obrigar a novo ato eleitoral no organismo decorre do deferimento parcial do recurso apresentado por Vitória de Guimarães e Estoril-Praia, por unanimidade do CJ da FPF, considerando como admitida a candidatura de Fernando Seara, ex-presidente da Câmara Municipal de Sintra e atual vereador do Município de Lisboa.

O órgão federativo, que não analisou o recurso de Rui Alves, cuja candidatura também não foi aceite e está dependente dessa deliberação, considerou ainda que a lista apresentada por Mário Figueiredo detinha "vícios formais", salvaguardando que poderia ser admitida caso os mesmos fossem "sanados".

Mário Figueiredo, que preside à LPFP desde janeiro de 2012, foi reeleito para o organismo com votos de sete clubes, casos de Sporting, Paços de Ferreira e Belenenses, da I Liga, Leixões, Farense, Santa Clara e Atlético, da II Liga.