O Benfica e o FC Porto empataram este domingo a zero, no clássico da 30ª jornada da Liga, deixando assim tudo igual na luta pelo título, mas com os encarnados a segurarem uma vantagem importante sobre o rival.

No Clássico dos clássicos, o primeiro ponto em discussão passou pelas surpresas nas equipas iniciais. Jorge Jesus desfez o ‘tabu’ Salvio com a titularidade de Talisca, enquanto Julen Lopetegui surpreendeu com as escolhas de Helton, Evandro e Rúben Neves no onze, em detrimento de Fabiano, Herrera e Quaresma.

Nas bancadas o mote era encarnado, com 63534 espectadores – a melhor ‘casa’ na Luz esta época -, mas no relvado o tom azul predominou nos primeiros minutos. A equipa de Julen Lopetegui entrou com vontade de mostrar que Munique fazia parte do passado e rapidamente impôs o seu jogo de posse de bola. Graças a uma circulação de bola fluida e dinâmica, os dragões ditaram o ritmo perante um Benfica expectante e sem armas para reagir à pressão.

A superioridade numérica portista no centro do meio-campo, com as presenças de Evandro, Casemiro e Rúben Neves travava o jogo interior dos encarnados, com Jonas e Lima demasiado longe do resto da equipa. Assim, o FC Porto tentava ir atrás do prejuízo desde o início, mas o domínio territorial não se traduzia em grandes ocasiões de golo.

Com a passagem do tempo, o Benfica corrigiu marcações e equilibrou a contenda, mas também não conseguia esticar o jogo até à área de Helton. Com o perigo longe de cada baliza, o jogo arrastou-se numa toada morna, desinteressante e longe de cumprir as expectativas daquele que foi considerado o jogo do título. A exceção a este ritmo deu-se aos 34’, com Jackson a atirar por cima da baliza de Júlio César no coração da área. E assim resumiu-se esta pobre primeira parte, muito marcada pelas faltas.

No segundo tempo, as alterações trouxeram outro andamento ao jogo. Lopetegui lançou logo Herrera para o lugar de Rúben Neves e pouco depois foi a vez de Quaresma entrar para o lugar do apagado Brahimi. Contudo, era o Benfica quem jogava agora melhor, fruto de um posicionamento mais assertivo e dominador.

Aos 50’ Talisca fez o primeiro remate digno desse nome para o Benfica, com Helton a fazer uma defesa segura. Quatro minutos volvidos, o médio brasileiro voltou a ameaçar a baliza portista, com um cabeceamento a passar perto do poste.

Era o melhor período do Benfica, com o FC Porto a revelar incapacidade nesta fase para contrapor ao jogo dos encarnados. Só aos poucos é que a formação de Lopetegui conseguiu equilibrar. Jorge Jesus lançou então Fejsa e pouco depois André Almeida, e o sérvio esteve mesmo perto de marcar após um livre, ao atirar por cima já na pequena área portista.

Os dragões por sua vez não conseguiam também encontrar os caminhos da baliza encarnada, nomeadamente tendo em conta a necessidade de vencer por dois golos de diferença para depender apenas de si para ser campeão.

Neste impasse vencia assim o empate, já que nem Benfica nem FC Porto conseguiam marcar. A igualdade favorece assim o Benfica, que mantém a vantagem de três pontos na Liga e no confronto direto com o FC Porto. Ficam agora a faltar quatro jornadas para o fim do campeonato e o Benfica está agora mais perto da revalidação, já que o empate foi celebrado nas bancadas da Luz.