Terceiro lugar já está, agora é olhar para cima, esperar por escorregadelas do FC Porto para chegar ao segundo posto. Marco Silva sabe que será difícil mas o Sporting ganhou o direito de sonhar com a entrada direta na roda dos "milhões" da Champions, garantido que está o terceiro lugar. Montero, com ajuda dos homens do banco, selou o triunfo sobre o Nacional.

Em Alvalade, perante 31 169 espetadores, a equipa de Marco Silva conseguiu um dos objetivos da época: terminar nos primeiros três lugares da tabela. A precisar de um ponto, o Sporting teve de recorrer ao banco para garantir a vitória frente ao Nacional que, nos anteriores encontros na “toca” do “leão”, tinha perdido 14, empatado quatro e contava apenas com uma vitória.

Manuel Machado entrou em Alvalade sem duas pedras fundamentais: os egípcios Aly Ghezzal e Saleh Gomaa ficaram de fora por castigo. Já Marco Silva fez uma autêntica revolução no onze que quase deitava tudo a perder. As apostas em Capel, Rosell e Mané de início não resultaram, com os dois espanhóis a saírem ao intervalo para darem lugar a Adrien e Carrillo. A partir daí, foi outro Sporting que se viu em campo.

A primeira parte foi repartida, com algum ascendente dos madeirenses. O Nacional chegava com alguma facilidade perto da grande área do Sporting mas definia sempre mal as jogadas. A velocidade imprimida pelas alas por Marco Matias e João Aurélio iam sendo um problema para os "leões", tal como as investidas do terceiro médio-centro, Tiago Rodrigues, que só não marcou porque Patrício não deixou. O nulo ao intervalo castigava as opções de Marco Silva e a falta de agressividade do meio-campo leonino mas também a fraca pontaria do Nacional.

As entradas de Carrillo e Adrien mudaram por completo o jogo do Sporting, assim como a saída de Tiago Rodrigues. A perder por 1-0 (golo de Montero aos 57 minutos), Manuel Machado resolveu arriscar tudo e meter mais um avançado, passando a jogar em 4-4-2. O Sporting ganhou, a partir daí, a batalha do meio-campo e passou a criar mais perigo junto da baliza de Gottardi, principalmente com as investidas de Carrillo e Mané pelas alas, até porque passou a ter mais um médio, com a entrada de João Mário.

O Nacional ia criando perigo nos lances de bola parada. Os madeirenses dispuseram de vários lances do género, alguns com perigo, que iam sendo resolvidas pela defensiva sportinguista e por Patrício. Mesmo a terminar, numa altura em que o jogo estava partido, Montero aproveitou uma defesa incompleta de Gottardi para bisar e fechar as contas do marcador, fazendo o seu 11.º golo na Liga, o quarto em dois jogos. (VEJA O GOLO)

O Sporting cumpria, garantia o acesso ao play-off de entrada na Liga dos Campeões mas não convencia. A primeira parte foi pobre e só não foi pior porque o Nacional não soube aproveitar as falhas de marcação na defensiva leonina e as oportunidades criadas.

No final do encontro, Marco Silva mostrou-se satisfeito com o resultado, afirmando que a equipa olha sempre para frente. O técnico admite, no entanto, que será muito difícil chegar ao segundo lugar.

Já Montero, que bisou pela segunda jornada seguida e já o melhor marcador do Sporting em todas as competições, desvalorizou as críticas de que foi algo nalguns períodos da época, por causa da sua "seca" de golos.

Manuel Machado, por sua vez, criticou a falta de objetividade da sua equipa, que não soube aproveitar as oportunidades criadas. O técnico sublinha, no entanto, que não é esta derrota que vai desviar o Nacional do objetivo europeu. Os insulares estão com menos três pontos que o sexto, o Belenenses, o primeiro em zona de Liga Europa.

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