Portugal perdeu esta noite com a Inglaterra, por 1-0, em Wembley, no penúltimo jogo particular da Seleção nacional antes do Euro2016. O golo de Smalling, aos 85 minutos, fez a diferença numa partida onde a equipa das quinas jogou praticamente uma hora reduzida a 10 jogadores, depois da expulsão de Bruno Alves.

Num teste contra um adversário de topo, Fernando Santos apresentou oito mudanças face ao onze que bateu a Noruega (3-0) no domingo, numa aposta mais próxima do que deverão ser as suas escolhas para o arranque do Euro2016. Porém, as ideias que o selecionador quereria avaliar foram alteradas por força da expulsão de Bruno Alves aos 36 minutos.

O central do Fenerbahçe protagonizou uma entrada perigosa e duríssima sobre Harry Kane no meio-campo e viu o cartão vermelho direto, deixando Portugal com um elemento a menos. Após a saída de jogo do central português, Fernando Santos fez de imediato uma alteração, retirando o avançado Rafa do campo e lançando o central José Fonte.

De resto, a inferioridade numérica apenas veio acentuar mais um pouco o ligeiro ascendente inglês no jogo. Embora sem grandes ideias ou rasgos, a equipa de Roy Hodgson apresentou maior iniciativa e chegou a assustar duas vezes, mas Rui Patrício estava atento.

Quanto a Portugal, a melhor situação de perigo nasceu na sequência de um lance de bola parada, onde Vieirinha cruzou para o cabeceamento de Ricardo Carvalho, que saiu ligeiramente acima da barra de Joe Hart. Ainda assim, o nulo resistiu até ao intervalo

Para a segunda parte, Fernando Santos trocou João Mário por André Gomes e o jogador do Valência teve um impacto positivo em Portugal. Apesar de ter menos um elemento, a seleção entrou bem e dominou os primeiros 15 minutos, ao ter mais bola e a impor o ritmo de jogo.

Contudo, faltava acutilância e presença ofensiva para criar perigo junto da baliza de Joe Hart. Consequentemente, a Inglaterra cresceu no jogo e, mesmo sem grande inspiração ou clarividência, acabou por empurrar a seleção para o seu meio-campo. Portugal passou a defender com 10 atrás da linha da bola, mostrando uma enorme falta de capacidade para sair de forma coletiva para o ataque.

Excessivamente dependente de iniciativas solitárias praticamente condenadas ao fracasso, Portugal limitou-se então a resistir e tentar defender o melhor possível o empate. Mesmo as alterações de Fernando Santos não mudaram o figurino do jogo, tendo a exceção sido Quaresma, que ficou perto do golo a 10 minutos do fim, num lance parecido com o golaço assinado contra a Noruega.

O “plano B” estava a correr bem, até que Smalling, aos 85, desfez o nulo e fez de cabeça o 1-0 para a Inglaterra, na sequência de uma jogada de insistência do ataque inglês. O golo acabou por se revelar decisivo, ao não deixar tempo para esboçar uma reação convicta em busca da igualdade.

Portugal tem agora um último teste na próxima quarta-feira, frente à Estónia, no Estádio da Luz.