“Nunca houve da nossa parte qualquer concordância da utilização da protecção por parte do Drogba”, revelou Onofre Costa.

O avançado Drogba fracturou o braço a 4 de Junho, num particular com o Japão, tendo sido utilizado nos minutos finais do encontro frente a Portugal, de estreia do Mundial2010, graças a uma protecção no antebraço.

A mesma fonte confirmou que “houve uma reunião de preparação na véspera do jogo, com elementos das duas equipas, na qual a delegação da Costa do Marfim apresentou uma protecção para o braço de Drogba”.

“O médico da selecção, Henrique Jones, disse que era rijo e que poderia constituir perigo para os jogadores portugueses”, revelou.

Contudo, “a FIFA disse que, de acordo com o regulamento, o árbitro era soberano”.

“No dia seguinte, viemos a saber que o árbitro tinha concordado com a utilização da protecção”, adiantou Onofre Costa, que disse que foi esta situação que motivou as críticas do seleccionador português, Carlos Queiroz, no final do encontro.

Queiroz criticou a decisão da FIFA, lembrando que “não se pode jogar com um adesivo no braço, com um fio e, de repente, aparece um jogador com uma protecção”.

“Portugal devia ser tido nesta questão. Mas houve uma estrela do futebol africano que pôde jogar com uma protecção. Os jogadores não podem jogar com uma banda, mas com uma protecção sim”, criticou.

Carlos Queiroz disse que “houve alterações das regras” a meio do Mundial2010, admitindo que quando a Costa do Marfim jogar com o Brasil possam ser alteradas a meio.

Hoje, o porta-voz da FIFA, Nicolas Maingot, disse que “cabe ao árbitro tomar a decisão”, mas que “houve uma reunião com todas as equipas e a delegação portuguesa aceitou a protecção”.

Portugal e a Costa do Marfim empataram 0-0 na terça-feira, no primeiro encontro do Grupo G do Mundial2010.