Depois de 171 dias detidos na capital do Paraguai, Assunção, Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Roberto de Assis, que chegou a jogar no Sporting, viram o juiz Gustavo Amarilla aceitar o acordo proposto pelo Ministério Público paraguaio, com a concordância da defesa dos brasileiros, e foram libertados.

Os dois irmãos foram detidos a 6 de março, depois de terem tentado entrar no Paraguai com passaportes falsos.

Ronaldinho esteve um mês preso num dos edifícios da Polícia Nacional paraguaia, inicialmente sem direito a fiança, mas depois acabou por pagar um total de 1,6 milhões de dólares (cerca de 1,4 milhões de euros) para mudar para o regime domiciliário, que cumpriu num hotel num desde meados de abril.

Agora, o antigo futebolista de FC Barcelona, AC Milan ou Paris Saint-Germain sai finalmente da prisão em que se encontrava, pagando uma soma de 90 mil dólares (mais de 76 mil euros) a uma instituição de caridade, enquanto Assis pagará 110 mil dólares e terá de comparecer, de quatro em quatro meses e durante dois anos, junto das autoridades judiciais do Brasil.

Dália Lopez, que é procurada pela polícia e que tem um mandado de captura da Interpol, é presidente da Fundação Fraternidade Angelical, pela qual convidou e financiou a viagem de Ronaldinho ao Paraguai para um programa de assistência social infantil na instituição, e é apontada como a chefe de uma suposta quadrilha que falsificou o passaporte do brasileiro e do seu irmão.