Esta é a crónica de um campeão há muito anunciado. O Bayern Munique celebrou este sábado a conquista do seu 23º título da Bundesliga, com a vitória sobre o Hamburgo. Uma festa discreta e… austera, porque a ambição germânica aponta a outros voos: a Champions.

Dois anos a ver festejar a nível interno o rival Borussia Dortmund despertaram nos bávaros uma sede de títulos finalmente saciada na Bundesliga. E de forma arrasadora, diga-se. Não é todos os anos que o campeonato se decide ainda com sete jornadas por disputar.

Com 24 vitórias em 28 jogos, o Bayern não deu hipóteses à concorrência. Para a história fica (até agora) um único desaire na campanha da equipa de Jupp Heynckes, frente ao Bayer Leverkusen (1-2), em plena Allianz Arena, no já longínquo dia 28 de outubro de 2012. Desde então contam-se 19 jogos de invencibilidade, que facilmente se explica pela força dos números.

O Bayern chegou ao título ancorado num ataque demolidor – o melhor da Bundesliga, com 79 golos – e uma defesa de “betão”, cedendo apenas 13 golos. Curiosamente, a elevada produção ofensiva não é sinónimo de possuir o melhor marcador da prova. O polaco Robert Lewandowski (Borussia Dortmund) lidera a tabela dos goleadores, com 19 golos. O melhor representante do novo campeão, o croata Mario Mandzukic, surge apenas no terceiro posto, com 15 tentos, bem apoiado pelos ‘atores secundários’ Thomas Muller (12), Mario Gomez e Franck Ribery (ambos com 7).

O título marca ainda a despedida em glória do técnico Jupp Heynckes. O experiente treinador alemão, de 67 anos, que já passou pelo Benfica, termina no final da época o seu percurso na Baviera e passa o testemunho a Pep Guardiola.

O catalão herda uma equipa vencedora, com um imenso leque de opções ao seu dispor e uma vasta margem de progressão. Já para não falar da pujança financeira do Bayern, um dos clubes mais ricos do Velho Continente. A expectativa não poderia ser maior para o novo desafio de Guardiola depois do enorme sucesso em Barcelona.