A direção do Sporting Clube da Praia acusa a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) e a Associação Regional de Futebol de Santiago Sul (ARFSS) de “incumprimento” do regulamento federativo.
A reclamação é do próprio presidente da direção leonina, Paulo Veiga, que não se conforma do facto de o Conselho de Justiça da FCF ter recusado dar provimento ao recurso apresentado pelo clube que lidera, quanto à exigência da vacina anti-tétano.
A equipa de Paulo Veiga alega que se a vacina em causa “está em desuso, todo o regulamento o está, já que as associações regionais não o cumprem” e critica a Federação de impotência perante as associações, alegando que estas alteram o regulamento a seu bel-prazer em jogos de poder a que a Federação não consegue deixar de ceder.
Para a direção leonina, a FCF reconhece a existência desse artigo no regulamento mas não consegue impor-se perante a vontade da ARFSS que, a seu ver, privilegia alguns clubes em detrimento de outros, considerando a problemática da vacina como apenas “um exemplo importante”.
Paulo Veiga reclama o facto de as associações não cumprirem os “prazos mínimos obrigatórios para as homologações dos jogos, à presença de presidentes das associações dentro do campo durante o jogo, à inexistência de calendários dos jogos dentro dos prazos obrigatórios e aprovados pela FCF, aos prazos não cumpridos para respostas aos protestos, à inexistência de organização financeira e prestação de contas, à não garantia de independência da arbitragem”.
Diz ainda a direção leonina que se trata de “uma decisão política e não desportiva e que há uma subversão na forma como se gere o futebol em Cabo Verde”, ressalvando que a Confederação Africana de Futebol (CAF), exige aos jogadores o comprovativo da vacina antitetânica para os seus jogos.
Segundo Paulo Veiga, o SCP acata a decisão do Conselho de Justiça da Federação, mas discorda totalmente desta sentença e aproveita o momento para felicitar o Desportivo da Praia pela conquista do campeonato de Santiago Sul.
O Sporting havia recorrido à FCF, alegando que seis das 12 equipas da primeira divisão do Regional de Santiago Sul alinharam com os jogadores sem apresentação de comprovativo de vacina anti-tétano.
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