A FIFA está preocupada com a destino que é dado ao dinheiro que o futebol está a movimentar, principalmente aos montantes que dizem respeito ao mecanismo de solidariedade, a compensação que é paga aos clubes formadores em todo o mundo. O organismo que refe o futebol mundial quer que esses emblemas passam a receber quatro vezes mais do que recebem hoje em dia, sempre que um jogador que formaram é transferido.

Diz o jornal espanhol 'Marca' que o organismo liderado por Infantino irá criar um mecanismo automático de distribuição da verba respeitante ao mecanismo de solidariedade. Esta medida só deverá entrar em vigor no próximo mercado de transferências, em janeiro de 2020.

Para tal, vai criar a 'Clearing house' ou 'Câmara de Compensação', uma entidade independente, que estará sob a alçada da FIFA e que será responsável pelos processos relativamente aos direitos de formação entre clubes de todo o mundo. Sempre que uma venda ou compra é registada no sistema de transferências da FIFA - (TMS Transfer Matching System), a o organismo presidido por Infantino calculará os montantes e comunicará os mesmos à 'Clearing house' para que esta proceda a sua execução, distribuindo o dinheiro aos emblemas formadores do atleta em questão.

A Clearing house terá de assegurar que o dinheiro pago pelo novo do jogador seja distribuído de forma correta aos emblemas formadores. Os montantes serão calculados tendo por base um sistema global de passaportes electrónicos dos jogadores.

Após a criação deste sistema, A FIFA prevê realizar 14 mil operações e pagar 300 milhões de euros por ano aos clubes formadores, através da 'Clearing house'. Todos os jogadores serão obrigados a ter um passaporte electrónico onde irá ser registado o seu histórico completo e os diferentes clubes e associações que representou assim como o tempo passado em cada um. Este passaporte será imprescindível para toda esta operação, adianta a 'Marca'.

Gianni Infantino quer que todo o dinheiro gerado pelas transferências, incluindo as comissões pagas aos agentes, tenha de passar pela 'Clearing house', de forma a evitar a lavagem de capitais.