Ricardo Quaresma abriu o livro sobre a sua forma de estar no futebol, considerando que a fama de 'bad boy' que tantas vezes lhe colocaram nada tem a ver com a sua personalidade. Em entrevista à 'beIN Sports', o extremo do Besiktas negou que alguma vez tivesse tido confrontos com os treinadores com os quais se cruzou.

"Problemas com treinadores? Não. Sempre me atribuíram fama de bad boy, o jogador que causava problemas em todo o lado. Nunca fui muito de problemas, sempre fui o que sou hoje, uma pessoa direta que quando tem de falar, fala. Falo o que penso e no futebol quando falas o que pensas já és o bad boy, já sais do futebol", disse o internacional português.

Os cruzamentos de trivela, 'trademark' de Ricardo Quaresma, é que nem sempre foram do agrado de alguns técnicos.

"Havia treinadores que ficavam chateados e me pediam para cruzar de forma normal. Mas eu metia sempre a trivela e havia técnicos que pensavam que eu não estava a fazer o que eles pediam. Depois perceberam que era normal, não era falta de respeito nem falta de concentração, era normal. A partir daí não tive mais problemas e de vez em quando ainda saem algumas trivelas. Agradeço a Deus todos os dias pelo talento que me deu, por poder chegar ao campo e fazer o que mais gosto, fazendo coisas diferentes de muitos jogadores. Cada dia que passa divirto-me mais dentro de campo", contou.

Indiscutível nas convocatórias de Fernando Santos, o percurso de Quaresma na Seleção Nacional nem sempre foi assim. Questionado sobre essa afirmação tardia, o jogador do Besiktas reforça que o atual selecionador teve um papel fundamental nesse aspeto.

"Antes faltava-me confiança. Na seleção, e já disse isso várias vezes, que eu sinto que confia em mim e que me passa essa confiança é o Fernando Santos. De todos os outros, nunca senti essa confiança. Talvez por isso nunca tenha feito grandes jogos na seleção", justificou.