"FC Barcelona, Juventus e Real Madrid CF expressam a sua satisfação com a decisão judicial hoje adotada, ordenando à UEFA a revogar, com efeito imediato, todas as ações contra os clubes fundadores da Superliga Europeia, incluindo o processo de disciplina aberto aos três clubes acima mencionados", lê-se num comunicado conjunto dos dois emblemas espanhóis e da formação italiana, em que atua Cristiano Ronaldo.

Paralelamente, os três clubes que mantêm acesa a ‘chama’ da Superliga Europeia, salientam que a UEFA também tem de anular as multas e outras restrições que foram impostas aos restantes nove clubes fundadores.

Além disso, FC Barcelona, Juventus e Real Madrid avançaram que o Tribunal de Justiça da União Europeia no Luxemburgo irá rever "a posição de monopólio que a UEFA detém sobre o futebol europeu".

Os três clubes consideram que "esta posição de monopólio, em conflito de interesses, prejudica gravemente o futebol e o seu equilíbrio competitivo", vincando que, "como foi demonstrado em várias ocasiões, os controlos financeiros são inadequados e não têm sido aplicados de forma objetiva" e que "os clubes que participam nas competições europeias têm o direito de governar as suas próprias competições".

E remataram: "Estamos satisfeitos por saber que, a partir de agora, não estaremos sujeitos a constantes ameaças da UEFA. Continuamos empenhados no objetivo de desenvolver o projeto da Superliga Europeia de forma construtiva e solidária, tendo em conta os adeptos, jogadores, técnicos, clubes, ligas e associações e federações nacionais e internacionais".

AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram em abril da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição deveria ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.

Entretanto, a UEFA avisou que iria excluir todos os clubes que integrassem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

Depois de sofrerem grande contestação dos adeptos, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Inter Milão, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham anunciaram a saída do projeto, que acabou por fracassar.