Dezenas de adeptos do Recreativo da Caála ficaram furiosos com o empate de domingo diante do Sagrada Esperança (1-1) para a 18ª jornada do Girabola 2013, no estádio dos Kurikutelas e exigiram a saída do treinador Ricardo Formosinho, acusado de ser responsável pelos maus resultados.

«Formosinho fora. A direção tem que arranjar outro treinador», foram as palavras proferidas em coro pelos adeptos que cercavam o portão de saída do balneário.

O forte aparato de segurança montado pela Polícia Nacional foi determinante para dispersar os apoiantes do Recreativo da Caála. Alguns deles aguardavam pela equipa no autocarro, mas com ânimos exaltados pela onda de maus resultados do conjunto (oito jogos seguidos sem vencer).

Ricardo Formosinho, que no início da época prometeu aos adeptos uma equipa capaz de lutar pelo título, é atualmente acusado de incapacidade para continuar a orientar os vice-campeões de 2010.

«Fala tanto e na prática nada mostra. É um treinador que, caso se mantenha, pode levar a equipa à despromoção», desabafou Valdemires Carvalho, adepto do clube, que, mais adiante, reconheceu que o plantel tem potencial, mas o treinador tem pecado nas escolhas.

José Félix, outro inconformado, diz que a crise do Recreativo da Caála está a ser causada pela passividade da direção, a quem compete demitir o treinador.

«Os poucos jogos ganhos esta época foram todos por sorte. A saída do treinador é a única solução, para evitarmos o pior», manifestou.

Pedro Carlos, outro espetador agastado com o desempenho da equipa, não poupou os futebolistas que, em muitos jogos, têm demonstrado falta de atitude para suplantar os adversários.

«Há muitos jogadores que não dignificam as cores do emblema e para agravar são titulares. O treinador tem culpa, pois a equipa tem-se revelado muito inconstante nas exibições e sem fio de jogo», argumentou.