A Argentina derrotou a Itália por 3-0, na Finalíssima que colocou em campo o campeão sul-americano e o campeão europeu de futebol. Em Wembley a Argentina foi sempre superior, perante uma Itália com muitas tremedeiras na defesa e com fraca capacidade de criação no ataque.

É caso para dizer que Giorgio Chiellini, que fez o último jogo pela ‘squadra azzurra’, merecia outra despedida, pela sua notável carreira internacional, quer ao serviço da Juventus, quer ao serviço seleção.

Argentina foi sempre 'dona e senhora' do jogo, a marcar o ritmo, a ter iniciativa, a recuperar a bola no primeiro terço do campo, na primeira fase de construção da Itália, e a criar oportunidades de golo.

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A Itália, que foi afastada da fase final do Mundial2022 pela Macedónia do Norte, no ‘play-off’ de qualificação, mostrou ser uma 'sombra' da equipa que há um ano conquistou o Euro2020, justamente no mesmo estádio onde jogou hoje, derrotando a seleção anfitriã, a Inglaterra, no desempate por grandes penalidades.

A seleção argentina levou o jogo muito a sério, o que foi notório pela forma como a equipa reagiu quase sempre à perda de bola, incluindo Lionel Messi, pressionando constantemente o portador, agressividade que os italianos foram incapazes de contrariar, perdendo a bola com tremenda facilidade.

Com o benfiquista Otamendi a titular, a Argentina fez o primeiro aos 28 minutos. Lo Celso recuperou a bola no meio-campo, deixou em Messi que arrancou para a área antes de servir Lautaro Martinez para o toque final para golo. Finalização fácil do avançado do Inter Milão na pequena área.

No último minuto do primeiro tempo surgiu o 2-0 por Di María. E que golo! Lautaro Martinez fez um passe fantástico nas costas de Chiellini, Di María ganhou na velocidade e picou a bola por cima de Donnarumma. Que golaço!

A Itália foi simplesmente incapaz de responder a essa superioridade, com perdas de bola constantes e sem fluidez de jogo que lhe permitisse esticar o jogo até à área argentina, a ponto de não ter criado uma oportunidade de golo flagrante em toda a partida.

Ao invés, a Argentina esteve sempre confortável no jogo, criou inúmeras oportunidades, sobretudo na segunda parte, mas com os jogadores argentinos a falharam clamorosamente na definição das jogadas, por clara precipitação, muitas vezes a exagerarem nas trocas de bola na área, como se quisessem entrar pela baliza italiana adentro.

Roberto Mancini não estava nada satisfeito com a produção da sua equipa e, ao intervalo, fez logo três mexidas, com as entradas de Lazzari, Locatelli e Scamacca nos lugares de Chiellini, Bernardeschi e Belloti.

Mas era a Argentina quem mandava no encontro. E quando não eram os argentinos a provocar o perigo, eram os próprios italianos quem cometiam erros não forçados. Aos 56 minutos, Bonucci fez um atraso perigoso que obrigou Donnarumma a cortar a bola em cima da linha de golo.

Donnarumma teve de mostrar pergaminhos aos 60 minutos, ao afastar com os punhos uma 'bomba' de Di María que levava selo de golo. Aos 64 é Messi a descer pela esquerda após recuperação de bola de Di María, e a centrar para um falhanço incrível de Lo Celso ao segundo poste.  Dois minutos depois, Messi roubou a bola a Jorginho, correu vários metros antes de rematar para nova defesa do guardião italiano.

Num jogo onde a Itália chegou a ser banalizado, os argentinos fizeram o 3-0 por Paolo Dibala nos descontos, após mais um jogada de contra-ataque.

A Itália, que falhou o apuramento para o Mundial2022, perde este troféu que coloca frente a frente o campeã europeu ao campeão sul-americano.

Pode parecer paradoxal dizer que a ‘squadra azzurra’ carece urgentemente de uma renovação e da emergência de novos valores, depois de há um ano se ter sagrado campeã europeia, mas a verdade é que é essa a percepção com que se fica ao vê-la jogar, mesmo considerando algumas ausência importantes como as de Insigne, Chiesa e Immobile.

Ficha de jogo

Jogo realizado no Estádio de Wembley, em Londres.

Argentina-Itália, 3-0.

Ao intervalo: 2-0.

Marcadores:

1-0, Lautaro Martínez, 28 minutos.

2-0, Angel Di Maria, 45.

3-0, Dybala, 90+4.

Equipas:

- Argentina: Emiliano Martínez, Nahuel Molina, Otamendi, Romero (Pezzella, 84), Tagliafico, Guido Rodríguez, Rodrigo De Paul (Palácios, 76), Lo Celso (Dybala, 90+1), Di Maria (Nicolas Gonzalez, 90+1), Lionel Messi e Lautaro Martínez (Julian Alvarez, 84).

(Suplentes: Rulli, Armani, Foyth, Mac Allister, Pezzella, Acuña, Julian Alvarez, Exequiel Palacios, Nico González, Lisandro Martínez, Alejandro Gómez e Dybala).

Selecionador: Lionel Scaloni.

- Itália: Donnarumma, Di Lorenzo, Bonucci, Chiellini (Lazzari, 46), Emerson (Bastoni, 77), Barella, Jorginho, Pessina (Spinazzola, 62), Bernardeschi (Locatelli, 46), Raspadori e Belotti (Scamacca, 46).

(Suplentes: Cragno, Meret, Spinazzola, Locatelli, Lazzari, Florenzi, Politano, Acerbi, Cristante, Scamacca, Pellegrini e Bastoni).

Seleccionador: Roberto Mancini.

Árbitro: Piero Maza (Chile).

Acção disciplinar: cartão amarelo para Otamendi (23), Bonucci (39), Di Lorenzo (72) e Barella (77).

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