O Benfica defronta o Bayern Munique esta terça-feira, em jogo da primeira-mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Os "encarnados" vão tentar um bom resultado em Munique que os permite depois discutir a eliminatória em Lisboa.

Frente a uma das melhores equipas da atualidade, Rui Vitória terá de montar uma equipa que seja capaz de travar o ataque bávaro. O técnico luso poderá ser fiel ao seu 4-4-2 mas terá de alterar a estratégia de jogo e algumas pedras.

Se Rui Vitória optar por não mexer no esquema tático, Raúl Jiménez será a melhor opção para fazer dupla com Jonas na frente. O avançado mexicano, mais móvel e mais raçudo, será a opção ideal para pressionar os defesas bávaros e condicionar a primeira zona de construção do Bayern Munique. Isso se a opção for pressionar o Bayern logo na saída de bola, tal como fez a Juventus, no jogo da segunda-mão. Essa opção irá exigir muito dos médios Renato Sanches e Fejsa mas também de Pizzi e de Gaitán, que terão de fechar por dentro quando necessário. No entanto, os dois extremos terão de ter capacidade para travar as subidas de Alaba e Lahm.

Mantendo-se fiel ao 4-4-2, Rui Vitória terá de apresentar uma equipa a jogar com linhas juntas, com os sectores muito próximos, de forma a condicionar o futebol de passe curto e o jogo entrelinhas dos bávaros. A equipa terá de ser capaz de travar as saídas dos bávaros e não estar tão exposto como apareceu nos primeiros 15 minutos do jogo frente ao Braga em casa.

Mas o comandante das "águias" pode optar por mexer no esquema da equipa, adoptando um 4-3-3 como aconteceu no início da época. Essa hipótese é a que garante que os "encarnados" tenham mais um elemento no meio-campo, onde é crucial ganhar a batalha ao Bayern Munique. Nesse caso Rui Vitória poderia sacrificar Mitroglou, colocando Samaris no meio, ao lado de Renato Sanches, com Fejsa mais atrás. A equipa ganharia assim músculo e capacidade de pressão, embora perdesse capacidade ofensiva.

Na defesa, André Almeida deverá manter-se no onze, com Eliseu no flanco oposto. Jardel poderá ter a companhia de Lisandro López mas é pouco provável que Rui Vitória desfaça a dupla de centrais, principalmente com Lindeloff em grande forma.

Num campo onde nunca ganhou, o Benfica terá ser solidário, jogar com linhas bem juntas, saber pressionar na hora certa e saber sofrer. E nunca perder a cabeça, caso apanhe em situação de desvantagem. O FC Porto que o diga: na temporada passada e depois de vencer por 3-1 em casa, os "dragões" acusaram e muito o primeiro golo e saíram da Allianz Arena com uma goleada de 6-1.