A Liga Francesa de Futebol (LFF) ordenou o encerramento dos setores norte e sul do estádio do Marselha, onde habitualmente se juntam as claques mais violentas do clube francês, depois dos acontecimentos de domingo no jogo frente do Lyon.
O encerramento deverá manter-se até à conclusão de um inquérito por parte da comissão disciplinar da LFF.
“A gravidade dos factos e o contexto de recorrência” motivaram a decisão, disse o presidente da comissão disciplinar, Sebastien Deneux.
O jogo de domingo entre o Marselha e o Lyon ficou marcado por incidentes que levaram à interrupção do jogo aos 60 minutos, quando o Lyon vencia por 1-0 e o Marselha jogava com menos uma unidade, devido à expulsão de Alessandrini, aos 44.
Após mais de 20 minutos de interrupção, o encontro foi retomado e Rekik acabou por fazer o golo do empate, aos 68 minutos.
Na sequência dos incidentes, o presidente da LFF, Frédéric Thiriez, defendeu um endurecimento das sanções pecuniárias e desportivas a impor aos clubes por atos de violência.
O presidente da LFF considerou que o atual limite de 50.000 euros de multa é “demasiado baixo” e admitiu que talvez seja preciso “impor cifras com mais alguns zeros”.
O ministro do Desporto francês classificou, por seu turno, como “inaceitáveis” os incidentes ocorridos no domingo e lembrou que o país vai organizar, dentro de poucos meses, o Euro2016, que vai decorrer de 10 de junho a 10 de julho.
Numa reação às declarações do ministro do Desporto, Frédéric Thiriez garantiu que todos os irão assistir aos jogos do Euro “estarão seguros”.
Três adeptos do Marselha com idades entre os 18 e 29 anos foram entretanto condenados a penas de prisão entre quatro e seis meses na sequência de incidentes.
Os adeptos do Marselha foram acusados de assalto armado contra agentes da autoridade – foram detetados a arremessar pedras e copos na direção das forças policiais – durante o jogo que decorreu no estádio Velodrome, do Marselha.
Os acusados, que estão impedidos de assistir a todos os jogos do Marselha durante dois anos, serão ainda presentes a um tribunal de primeira instância, que pode decidir comutar a pena para trabalho comunitário.
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