De cartão vermelho em punho. É assim que se define a memória de Arturo Brizio Carter e o seu invulgar percurso nos Campeonatos do Mundo de futebol. O árbitro mexicano esteve presente nas edições de 1994 e 1998, deixando um recorde de sete cartões vermelhos exibidos em jogos nos Mundiais.
Atualmente com 57 anos, o juiz ‘azteca’ foi considerado em 2011 um dos melhores árbitros dos últimos 25 anos pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS), ao ocupar o 32º lugar deste ranking, liderado pelo italiano Pierluigi Collina.
No total, Brizio Carter arbitrou seis jogos na competição – três em 1994 e outros três em 1998 - mais importante do futebol internacional. Porém, o árbitro mexicano conseguiu apresentar uma média verdadeiramente inacreditável, com um registo superior a um cartão vermelho por jogo.
Tudo começou num “irrelevante” Alemanha-Bolívia, em 1994, com a expulsão de Marco Etcheverry apenas quatro minutos depois de este internacional boliviano ter entrado na partida. A FIFA gostou da sua atuação e chamou-o para as restantes jornadas da fase de grupos, na qual prosseguiu a saga de expulsões. Com efeito, seguiu-se o Camarões-Brasil e a expulsão ‘da praxe’, face à exclusão de Song. Já o último desafio marcou o adeus ao mexicano em 1994, destacando-se desta feita pela expulsão de Gianfranco Zola.
Chegado a 1998, Arturo Brizio Carter não deixou o seu ‘palmarés’ por apitos alheios. De facto, aos três cartões vermelhos da prova de estreia seguir-se-iam quatro cartões vermelhos somente em três partidas.
No Mundial de França, o juiz mexicano “deu o seu melhor” e conseguiu “dobrar o rendimento”. Carter expulsou primeiramente a super-estrela Zinedine Zidane e o saudita Mohamed al-Khilaiwi; de seguida, nova dose dupla, com os “contributos de Ariel Ortega e Numan” no Argentina-Holanda.
Um total de sete expulsões marca o curriculum de forma indelével para Arturo Brizio Carter, sem que este possa “expulsar” o seu próprio passado nos Mundiais.
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