Portugal venceu a República da Irlanda por 5-1, no último jogo particular antes da partida da seleção para o Brasil. Hugo Almeida (3' e 37') e Keogh (20') na própria baliza, Vieirinha e Coentrão marcaram para a equipa das quinas. McClean fez o único tento dos irlandeses.
Esta quarta-feira de madrugada, Portugal fez o jogo que precisava para sair dos EUA motivado, se é que isso era preciso, para o Mundial de futebol 2014. A exibição foi de gala por largos minutos, o entendimento era bom, os golos apareciam, pela primeira vez Paulo Bento pode contar com os 23 jogadores e, melhor que tudo, Ronaldo jogou pela primeira vez desde que a seleção se reuniu em estágio, e mostrou em 65 minutos o quão importante pode ser para esta seleção, apesar de ainda lhe faltar ganhar ritmo. Raúl Meireles e Pepe também se estrearam, e mostraram que as lesões já fazem parte do passado.
Vamos por partes. Começar um jogo logo a vencer embala qualquer equipa para uma noite inspirada, e foi isso que aconteceu a Portugal. Estavam apenas jogados três minutos quando Varela cruzou e Hugo Almeida, o homem do bigode, saltou com classe entre os centrais e fez o primeiro golo do jogo.
Depois apareceu Ronaldo, aos 13 minutos, e o seu pé esquerdo num bom remate. Valeu Forde, guarda-redes irlandês, a negar-lhe o golo, e depois novamente a fazer uma grande defesa a remate de Raúl Meireles.
Mais cinco minutos, e Hugo Almeida já tinha atirado de cabeça por cima, e Ronaldo já tinha batido um livre com mestria que só o poste travou. Adivinha-se, a este ritmo, o golo de Portugal, e foi isso que aconteceu.
Fábio Coentrão subiu, cruzou e Keogh tentou um corte que acabou por sair defeituoso e enganar o guarda-redes irlandês. Estava feito o 2-0. Destaque para o passe de CR7, de calcanhar, para Coentrão.
O jogo tinha sentido único e assim se provou já perto do final da primeira parte. Mais um cruzamento de Varela, e Ronaldo correspondeu com um bom remate à queima roupa. Forde defendeu, e Hugo Almeida, na recarga, fez o 3-0. O senhor do bigode, que parecia estar relegado para a terceira opção do ataque, a dar boa conta de si e a mostrar que está na luta por um lugar no onze.
O jogo prometia mais golos, até porque esta Irlanda de Martin O'neill está a tentar regenerar a sua equipa. O treinador confessou-o na conferência de imprensa de antevisão do encontro, e foi isso que se revelou com uma defesa, em dados momentos, muito ingénua.
Na segunda parte, viram-se ainda mais três golos. Portugal relaxou num dado momento, e McClean aproveitou para fazer o 3-1, numa desatenção coletiva, após marcação rápida de um livre. Apenas e só um fogacho, num jogo que em nada se alterou.
Se na primeira parte foi Varela o assistente de serviço, na segunda parte, foi a vez de Nani aparecer em grande. O jogador do Manchester United sobe de forma a olhos vistos de jogo para jogo. Neste encontro, serviu Vierinha de bandeja para o quarto golo (77'), o seu primeiro e logo depois foi a vez de proporcionar mais um passe de classe para Fábio Coentrão marcar o quinto (83').
Se Portugal chegou aos EUA envolto em muitas dúvidas devido a uma convocatória que não foi consensual, devido a várias lesões de vários jogadores, com Ronaldo a ser a maior fonte de preocupações, hoje sai daqui com os 23 a postos para o Mundial, com Ronaldo a dizer "presente, e a transpirar confiança por todos os poros.
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