![Análise FC Porto 1-1 Sporting: Alma do dragão mantém esperança viva para chegar ao topo](/assets/img/blank.png)
Não há tempo para relaxar. E que o diga o Sporting que, após mais de 50 minutos na frente do marcador (chegando aos 90 a vencer), pagou caro pela distração e afrouxo. O FC Porto nunca desistiu e, após várias tentativas falhadas conseguiu chegar à igualdade já no final do tempo de compensação.
Os leões mantêm assim a tendência e continuam sem vencer no Dragão desde 2016, muito por culpa da alma portista que nunca deixou de acreditar que a conquista de pontos poderia ser uma realidade.
O FC Porto estava proibido de sair deste jogo com uma derrota, sob pena de praticamente dar como perdida a luta pelo título nacional. E a persistência acabou por dar frutos.
O jogo: Intensidade e pressão em duas partes distintas
Com Gyokeres e Morita no banco, Rui Borges fez apenas uma alteração em relação ao último jogo, fazendo entrar para o onze João Simões, que foi substituir o lesionado Geny Catamo.
A equipa comandada por Rui Borges entrou melhor no encontro, com a pressão alta imposta a conseguir empurrar para a sua área os portista. Perante um 4x2x3x1 leonino, o 3x4x3 portista acabou por ser, nesta fase de jogo, insuficiente para domar a ira sportinguista. Só a partir da meia hora de jogo, o FC Porto conseguiu reagir e dar um ar da sua graça, com dois lances que quase resultavam em golo. Em primeiro com Eustáquio, de pé esquerdo, fulminou a baliza do Sporting, com a bola a embater com estrondo na barra. Depois, Samu, quase do meio-campo, tentou fazer um chapéu a Rui Silva. Falhou por muito pouco.
Mesmo assim, foram os sportinguistas quem demonstraram mais eficácia na finalização. Num lance genial, Quenda entrou, sem pedir licença, pela esquerda, passou por Zé Pedro e deixou a bola para Fresneda encostar.
Em tempo de descanso, o Sporting estava (justamente) na frente do marcador e destacado em toda a linha: no número de remates (7-3) e na posse de bola (53%-47%).
Mas, na segunda parte, o FC Porto entrou determinado em mudar o rumo do jogo. E do pensar ao fazer foi quase instantâneo. A formação azul e branca impôs o ritmo, anulou o Sporting e virou de pernas para o ar as estatísticas. Agora com mais remates e posse de bola, os dragões foram compensados do esforço já perto do baixar da cortina.
Namaso salvou os portistas, impondo um empate que soube a vitória.
O momento: Golo anulado ao FC Porto foi um aviso
Com um arranque forte na segunda parte, o FC Porto fez um aviso do que estava para vir. Ao minuto 59, um golo de cabeça de Samu foi anulado por João Pinheiro, por um fora de jogo a Tiago Djaló antes do remate.
A partir daí, a luta e a pressão passou a ser mais intensa até resultar num golo dentro da regularidade e com toda a justiça.
O melhor: O atrevido miúdo Mora
Já começa a ser um hábito, as exibições irrepreensíveis de Rodrigo Mora. O miúdo, de 17 anos, foi dos mais inconformados em campo e dos que mais lutou pela vitória. O talento é evidente sempre que tem a bola no pé. Inteligente na forma como interpreta o jogo, resiliente na maneira como anula o adversário e genial na hora do remate. Mora tem isto e muito mais e já deixou bem claro que vai ter uma palavra a dizer nesta equipa agora comandada por Martín Anselmi.
O melhor: Diomande deitou tudo a perder
Nem tanto pela exibição, até porque Diomande até estava a fazer um jogo bastante regular e sólido, a conseguir anular da melhor forma as investidas de Samu. No entanto, numa bola parada na área do FC Porto, perdeu as estribeiras e o bom senso e agrediu com uma cabeçada Fábio Vieira. O jogador foi penalizado (e bem) pelo árbitro João Pinheiro com um cartão vermelho direto.
O que disseram os treinadores
Martín Anselmi, treinador do FC Porto
Rui Borges, treinador do Sporting
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