O estádio da Académica esteve hoje atipicamente pintado de vermelho e branco. Foram muitos os adeptos que se deslocaram ao estádio cidade de Coimbra para apoiar e “empurrar” o líder do campeonato, o Benfica.
Esse sinal dado pelos adeptos foi correspondido da melhor forma em campo pelos jogadores do Benfica. Os “encarnados” entraram de rompante na partida com o intuito de resolver as coisas o mais depressa possível. A Académica encolheu-se e foi sem surpresa que os comandados de Jorge Jesus chegaram à vantagem.
Na sequência de um lançamento de linha lateral a defesa da Académica demorou a afastar e Weldon apareceu sem marcação a cabecear certeiro para o fundo das redes. Estavam jogados apenas dois minutos.
Adivinha-se mais um passeio da equipa do Benfica, após a forte entrada, mas não foi isso que aconteceu.
André Villas Boas estava desagradado com a atitude da sua equipa nos primeiros minutos e tentou pôr ordem na equipa. Os estudantes acataram os conselhos do professor e passaram da teoria à prática.
Primeiro foi o central Luiz Nunes que na sequência de um canto pôs à prova Quim num remate de cabeça colocado. Depois foi Diogo Rafael que à entrada da área dominou a bola e, sem oposição, rematou forte colocando a bola no fundo da baliza de Quim. A Académica tinha perdido a vergonha e via-se na forma como os seus jogadores trocavam a bola.
No entanto, o Benfica é uma equipa mais experiente e mais consistente no seu jogo e aos poucos voltou a tomar as “rédeas” do encontro.
Já perto da final da primeira parte, surgiu então o segundo golo do Benfica. Di María apareceu no jogo, entrou pelo flanco esquerdo e cruzou para a área, onde o surpreendente Weldon voltou a aparecer sem marcação fazendo o seu segundo golo desta noite e colocando os encarnados em vantagem.
Após o intervalo, Benfica e Académica voltaram a apresentar um futebol agradável e bem disputado.
Se por um lado o Benfica tinha o controlo do jogo e resguardava-se um pouco mais, uma vez que se encontrava em vantagem, por outro lado a Académica nunca deu por entregue a partida e espreitava o ataque sempre que podia, criando perigo junto à baliza do guarda-redes Quim.
Éder protagonizou um desses momentos quando aos 57 minutos da partida, cabeceou com muito perigo ao lado do poste esquerdo da baliza defendida por Quim.
O Benfica respondeu por Carlos Martins. O jogador português, recém-entrado, fez uso do seu “pontapé-canhão” para colocar a baliza do guarda-redes academista a tremer. A bola bateu com estrondo no poste.
A dez minutos do fim, Di María inventou mais um golo para o Benfica. O argentino passou por dois adversários na ala esquerda, entrou pela área, e cruzou primorosamente para Ruben Amorim que, de primeira, fez o terceiro golo para o Benfica.
Quando o jogo caminhava calmamente para o fim, Tiero reacendeu a partida. O jogador da Académica tirou as medidas da baliza do Benfica, a mais de 30 metros, e rematou em força. Quim foi surpreendido pelo remante e não conseguiu defende-lo.
A partir desse momento, o jogo ficou algo partido com jogadas ora numa área, ora noutra. No entanto não houve mais golos até ao final da partida.
O resultado foi justo perante o que as duas equipas fizeram.
Nota ainda para o facto de Óscar Cardozo ter sido titular, no entanto voltou a sair lesionado.
Com esta vitória o Benfica volta a ter seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o Sporting de Braga, e está mais perto do título. Quem ficou a partir de hoje matematicamente afastado do título foi o FC Porto.
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